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INSTINTO III - Corações de Aço

  Capítulo 1, Ato 1 – A Luz Que Nasce do Abismo

  No vazio entre mundos, onde a existência era um silêncio sufocante, Leon abriu os olhos.

  O corpo flutuava. O tempo n?o passava. E seu espírito... ardia. O terceiro núcleo havia despertado, mas diferente das outras vezes, algo se partia dentro dele. A humanidade, os sentimentos, as lembran?as... tudo parecia se diluir em um poder t?o imenso que até mesmo a escurid?o ao redor se curvava.

  Mas havia uma chama que resistia. Uma única coisa que o impedia de se afundar de vez: o nome dela.

  "Barbara..."

  As trevas se contorciam ao redor do seu corpo. Mas agora, em vez de absorvê-las, Leon as purificava. Seus olhos, antes tingidos de preto profundo, come?avam a brilhar com tons dourados. A escurid?o que sempre esteve dentro dele se transformava... em luz. Uma luz intensa, mas fria, controlada. Era o come?o da evolu??o final de seu poder – n?o mais apenas sombra... mas o equilíbrio.

  Leon n?o sabia onde estava, mas sabia o que precisava fazer: voltar.

  3 dias depois – Base dos Saqueadores

  Barbara caminhava inquieta pelo corredor. As cicatrizes no cora??o dela ainda estavam abertas, mas uma sensa??o invadia sua alma... Ela sentia. Sabia. Ele estava voltando.

  E ent?o, como se o universo respondesse à sua certeza, um rasgo de luz cortou o ar no centro da base. Do feixe dourado, Leon emergiu.

  O cabelo levemente mais comprido, o olhar sério, frio... e o corpo emanando uma aura brilhante, como se fosse feito de luz pura e condensada.

  Todos ficaram paralisados. Mas Barbara n?o. Ela correu, sem hesitar, e o abra?ou.

  — Eu sabia... eu sabia que você ia voltar. — disse ela, apertando-o forte contra o peito.

  Por um instante, ele n?o respondeu. N?o retribuiu. Os sentimentos... estavam longe. Mas ela conhecia aquele olhar. Sabia exatamente onde tocar. O que dizer.

  — Eu t? aqui, tá? Você n?o precisa se perder de novo. Você n?o tá sozinho.

  Ela olhou nos olhos dele, e com a m?o no rosto de Leon, sussurrou:

  — Me ouve... volta pra mim.

  E como uma chama que se reacende... os sentimentos retornaram.

  Leon piscou. Os olhos dourados tremeram. O bra?o dele envolveu Barbara pela cintura.

  — Eu... voltei. — disse ele, com a voz rouca, mas viva.

  E ali, sem precisar de palavras, eles sabiam: Leon havia escapado da maldi??o dos núcleos. E com isso, n?o só o poder dele havia mudado... Mas o mundo também.

  Ato II: Libera??o

  Leon estava deitado em uma cama simples, o suor ainda escorrendo pela testa. A batalha havia sido difícil, e ele estava fisicamente exausto. Mas o cansa?o era algo que ele já conhecia bem. O que realmente estava mexendo com sua mente era o que ele sentia — ou melhor, o que n?o sentia. Aquela sensa??o de vazio, de algo faltando, mas que ele n?o conseguia identificar exatamente o que era.

  A porta se abriu com um leve estrondo, e Yuki entrou na sala, seus passos silenciosos como de costume. Ela parecia preocupada, mas n?o estava ali para julgamento. Sentou-se ao lado dele na cama, observando-o atentamente.

  — Como está se sentindo? — Ela perguntou com uma leve hesita??o.

  Leon virou a cabe?a, suas sobrancelhas franzidas em pensamento. Ele sabia que Yuki era uma das poucas pessoas que podia entender o que ele estava passando. Ele n?o tinha que esconder nada dela, mesmo que algumas partes de sua mente ainda parecessem um enigma.

  — Estranho. — Ele respondeu de forma vaga, se sentando lentamente. — Algo está diferente, mas n?o sei o que é exatamente.

  Yuki assentiu, tomando uma respira??o profunda antes de continuar.

  — Isso é bom. — Ela come?ou, o olhar sério, mas com um toque de alívio. — Você... você quebrou a maldi??o.

  Leon piscou, n?o entendendo muito bem o que ela queria dizer.

  — O que quer dizer com "quebrou"? — Ele perguntou, a confus?o visível em sua express?o.

  Yuki se aproximou, a voz suave e calma.

  — Quando você ativava os núcleos, cada vez que você se tornava mais forte, seu corpo e sua mente se afastavam mais e mais da sua humanidade. Você perdeu seus sentimentos, Leon. E o pior: perdeu a conex?o com o que realmente te fazia humano. — Ele pausou por um momento, observando o impacto das palavras dele. — Mas agora, com essa última ativa??o, algo mudou. Seu poder está se purificando, o que significa que n?o vai mais perder sua humanidade. Você finalmente conseguiu escapar da maldi??o.

  Leon estava em silêncio, tentando digerir a informa??o. Ele sabia que os núcleos eram poderosos, mas nunca imaginou que sua ativa??o teria esse pre?o.

  — Ent?o... eu n?o vou mais perder o controle de quem eu sou? — Ele perguntou, mais para si mesmo, buscando alguma certeza.

  Yuki assentiu.

  — Exatamente. Sua essência está voltando à sua forma original. O poder da escurid?o que você carregava está se transformando em luz, e isso está tornando você mais forte... sem destruir quem você é por dentro.

  Ele olhou para suas m?os, como se pudesse ver a luz que Yuki mencionava em seus próprios dedos. Era estranho, mas ele podia sentir algo diferente, algo que antes parecia inalcan?ável. A escurid?o, que sempre esteve ali, parecia agora mais controlada. A luz... mais pura.

  — E... meus sentimentos? Eles também voltaram? — Leon perguntou, o medo e a ansiedade come?ando a se infiltrar em sua voz.

  Yuki sorriu de leve, percebendo a vulnerabilidade nele, algo que ela raramente via em Leon. Ela estendeu a m?o e colocou-a sobre a dele, um gesto simples, mas que falava mais do que palavras.

  — N?o totalmente, mas sim... Eles est?o voltando. Eu sei que você ainda n?o está completamente no controle de tudo, mas n?o se preocupe, Leon. Você tem mais espa?o para crescer agora, para sentir, para viver de verdade, sem ser escravo de sua for?a. E eu vou estar aqui para te ajudar com isso.

  Ele fechou os olhos por um momento, absorvendo cada palavra. O peso no peito, aquele vazio que ele vinha carregando, parecia come?ar a se dissipar. N?o seria fácil recuperar tudo o que ele havia perdido, mas saber que ele n?o estava sozinho nesse processo dava-lhe uma nova esperan?a.

  — Eu n?o sei o que teria feito sem você, Yuki. — Ele disse, a voz mais suave do que o habitual.

  Yuki sorriu, um sorriso genuíno, sem a fachada de lideran?a ou responsabilidade que ela costumava carregar.

  — Você nunca vai precisar. Eu estou aqui, Leon. Sempre estarei.

  Eles ficaram em silêncio por um momento, a conex?o entre eles mais forte do que nunca. Ele sabia que sua jornada ainda estava longe de terminar, mas com Yuki ao seu lado e a purifica??o dos seus poderes, ele sentia que estava pronto para enfrentar o que quer que fosse.

  E assim, Leon come?a a entender que ele tem um caminho a seguir, tanto com seu poder quanto com seus sentimentos. Yuki, como sempre, está lá para guiá-lo e ajudá-lo a encontrar equilíbrio entre sua for?a crescente e a recupera??o de sua humanidade.

  Após a revela??o de Yuki sobre a liberta??o de Leon da maldi??o dos núcleos, os Saqueadores come?aram a reformular seus planos. A confian?a no time crescia, principalmente na figura de Leon, que mesmo após três núcleos ativados, mantinha seu lado humano — algo que ninguém antes havia conseguido.

  Leon, agora com a energia da luz come?ando a brotar sutilmente em seu corpo, ainda carregava a marca da escurid?o… mas havia equilíbrio. O treinamento se intensificava. Ele e Barbara passavam mais tempo juntos, tanto nos treinos quanto nos pequenos momentos de descanso. Em um deles, sentados sob uma árvore gigantesca no centro da base dos Saqueadores, Barbara olhava para ele com um sorriso suave.

  — Tá diferente, Leon... tá mais você — disse ela, encostando a cabe?a no ombro dele. — Talvez porque eu finalmente saiba quem eu sou agora. Ou quem eu quero ser — respondeu ele, entrela?ando os dedos nos dela. — E quem você quer ser? — Alguém que luta... e que protege. N?o só o mundo, mas as pessoas que fazem ele valer a pena.

  Essa for?a emocional virou combustível nos treinos. Kyra “Tempest” e Zeke “Cicatriz” come?aram a treinar táticas de combate com Leon, que agora aprendia a usar a luz recém-descoberta como impulso para ataques mais rápidos e defesas que ofuscavam a escurid?o.

  Enquanto isso…

  No domínio obscuro do Lorde da Escurid?o, o vil?o reunia mais lacaios. Após a luta anterior, ele percebia que n?o poderia mais subestimar Leon. Seu corpo ainda carregava as marcas do soco atravessando sua barriga. A cicatriz pulsava em ódio.

  — Ele mudou. A luz agora contamina a escurid?o dele… — murmurava o lorde, diante de um cristal negro que mostrava vis?es dos Saqueadores treinando. — Devemos agir? — disse um lacaio ajoelhado. — Ainda n?o. Ele pensa que está livre. Mas a luz… é só mais uma face da escurid?o. Vamos deixá-lo brilhar. Quanto mais luz ele tiver… mais forte será a queda.

  De volta à base dos Saqueadores

  O plano para atacar a fortaleza do Lorde da Escurid?o estava em andamento. Todos os veteranos estavam reunidos, inclusive Lian “Eco” e Nero “Grav”, que testavam armamentos pesados que seriam utilizados no assalto frontal.

  Leon, agora mais centrado, tomava a lideran?a ao lado de Kyra e Yuki. Durante uma reuni?o com todos os Saqueadores, ele falou com firmeza:

  — Ele n?o vai esperar mais. O Lorde da Escurid?o sabe que mudamos. Sabe que estamos prontos. — E estamos? — questionou June “Mirage”, cruzando os bra?os. — Estamos — disse Barbara, firme, ao lado de Leon. — Ele n?o tem mais vantagem. Ele perdeu o medo que impunha. — E logo, perderá a cabe?a também — completou Axel "Rastro", sorrindo de canto.

  Todos se entreolharam. Era hora. Três dias antes da miss?o

  A base dos Saqueadores estava diferente. O clima tenso das batalhas anteriores havia dado espa?o para uma atmosfera mais leve, como se todos respirassem fundo antes do mergulho. Treinamentos ainda aconteciam, mas os corredores estavam cheios de risadas, conversas e até pequenas brincadeiras — todos sabiam que momentos assim n?o durariam muito.

  Barbara e Leon passavam bastante tempo juntos. O quarto dele, antes silencioso e escuro, agora tinha vida. Ela costumava entrar sem bater, já com uma xícara de café ou um p?o na m?o, e ele, mesmo focado em treinar ou estudar dados da miss?o, parava tudo só pra olhar pra ela.

  — Você tem no??o de que mudou meu mundo duas vezes? — ele disse um dia, com o olhar fixo no dela. — Duas vezes? — ela riu. — A primeira foi quando me ensinou o que era se importar com alguém. A segunda… foi quando me fez lembrar disso.

  Eles conversavam até tarde, deitados lado a lado, falando sobre o passado — das aulas, dos momentos bobos de infancia, e até dos sonhos que tinham antes de tudo se tornar guerra.

  Isabelle, por sua vez, havia criado uma amizade inesperada com Barbara. O ciúmes havia dado lugar a admira??o. Certa vez, ela puxou Barbara de canto na área de treinamento.

  — Sabe… eu ficava meio desconfortável com você e o Leon. — Eu percebi — respondeu Barbara, sorrindo gentilmente. — Mas agora… eu entendo. Você cuida dele como ninguém. E ele cuida de você. — Ele cuidaria de qualquer um de nós, Isabelle. Mas... com a gente, é algo que vai além.

  As duas acabaram rindo juntas, e desde aquele momento, se tornaram uma dupla improvável, treinando e se cobrindo em miss?es simuladas.

  Theo e Luna, os mais brincalh?es do grupo, organizaram uma “noite dos heróis”, onde todos os Saqueadores se reuniram numa das salas de convivência para assistir grava??es antigas de miss?es, zoar as próprias falhas e comemorar as vitórias.

  — Olha isso! O Axel trope?ando no próprio ataque! — gritava Luna, fazendo todo mundo rir. — Melhor que o Theo gritando que tava sem cal?a na transmiss?o global — retrucou Axel, jogando uma almofada nele. — Era parte do plano! — Theo defendeu, rindo.

  Até Zeke, normalmente mais calado, deu um leve sorriso.

  Yuki ficou a maior parte do tempo observando. Ele sabia que esses momentos, por mais simples que parecessem, eram o que mantinham a chama dos Saqueadores acesa. Quando Leon se sentou ao lado dele, o silêncio entre os dois foi confortável.

  — Acha que estamos prontos? — Leon perguntou. — N?o. Mas nunca estivemos. E mesmo assim, vencemos. — Dessa vez vai ser diferente. Eu consigo sentir. — Você é diferente agora. E isso muda tudo. A luz que você carrega n?o é só poder… é esperan?a.

  Leon olhou para o grupo todo, rindo junto. Pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu paz. Mas no fundo… sabia que ela n?o duraria.

  — Tá bonito hoje, né? — disse Barbara, deitando a cabe?a no ombro de Leon.

  — é… fazia tempo que eu n?o reparava nessas coisas. Antes, tudo parecia… sem cor.

  — Eu percebi. Você tava distante… frio. Doía te ver assim, mesmo sabendo que n?o era culpa sua.

  — Eu senti que ia me perder de vez. Mas você me trouxe de volta. De novo.

  — E eu faria isso mil vezes se fosse preciso. Você tem ideia do quanto significa pra mim, Leon?

  — Tenho. E é por isso que, mesmo com tudo acontecendo… mesmo com esses monstros surgindo e a guerra se aproximando… é com você que eu quero estar no fim de tudo.

  — Ent?o sobrevive. Volta sempre pra mim. Promete?

  — Prometo. E você também. N?o me deixa sozinho nisso.

  — Nunca. Nem por um segundo.

  (Leon segura a m?o dela, firme. Barbara sorri, e ele, por um breve momento, esquece o mundo em caos lá fora.)

  — Sabe… — disse ele, olhando nos olhos dela — quando tudo isso acabar… eu queria te mostrar um lugar. Um lugar calmo, só nosso.

  — Um lugar onde a gente possa viver, n?o só sobreviver?

  — Exatamente isso.

  (Barbara se aproxima e encosta a testa na dele.)

  — Ent?o vamos acabar com isso. Juntos.

  Capítulo 1, Ato 3 — Conex?es

  O quarto de Leon estava mergulhado em silêncio, quebrado apenas pelo som suave do vento lá fora. A luz da lua atravessava a janela, desenhando contornos prateados sobre o corpo de Barbara, que estava deitada ao lado dele, com a cabe?a encostada em seu peito. O cora??o de Leon batia firme, calmo — algo raro nos últimos tempos.

  — Você tá diferente... — disse Barbara com um sorrisinho, os dedos desenhando círculos leves sobre o peito dele.

  — Diferente como? — Leon respondeu, virando o rosto na dire??o dela com um olhar calmo e curioso.

  — Mais leve. Como se o peso nas suas costas tivesse dado uma folga. Acho que ver você sorrir de novo... me dá esperan?a.

  Leon ficou em silêncio por alguns segundos, encarando o teto. Ent?o virou-se de lado, olhando nos olhos dela.

  — é você que me dá isso. Esperan?a. Mesmo quando eu t? no limite, você me ancora. Me lembra quem eu sou.

  Barbara sorriu, os olhos marejando de leve. Ela se aproximou e encostou a testa na dele, num gesto suave, íntimo.

  — Você é o Leon que eu conhe?o desde que éramos crian?as. Aquele que sempre pulava na frente pra me proteger. Mesmo quando a gente brigava... eu sabia que podia contar com você.

  Ele entrela?ou os dedos nos dela.

  — E você sempre esteve lá. Quando ninguém mais me reconhecia... você ainda me via. Do jeito certo. Isso me salvou, Babi.

  Ela mordeu levemente o lábio inferior e riu baixinho.

  — Babi... faz tanto tempo que você n?o me chama assim.

  — Acho que eu tava precisando voltar a ser eu mesmo... pra lembrar.

  Os dois riram juntos, e o momento se estendeu em silêncio. Um silêncio confortável, daqueles que só existe entre pessoas que se entendem sem precisar dizer nada. Leon acariciou o cabelo dela com cuidado, como se quisesse guardar aquele instante pra sempre.

  — Quando tudo isso acabar... — Leon come?ou, hesitante. — Eu quero viver com você. Longe dessa guerra. Só... nós dois.

  — Eu já vivo com você, Leon — Barbara respondeu, com um sorriso calmo. — Em cada passo que você dá. E quando isso tudo acabar... a gente vai viver em paz. Prometo.

  Ele a puxou para perto e a abra?ou forte, como se nunca mais quisesse soltar. Um abra?o cheio de amor, de medo, de gratid?o.

  E naquela noite, sem palavras a mais, eles dormiram juntos. N?o pelo cansa?o físico, mas pela paz rara que encontraram um no outro.

  O sol mal havia nascido quando Leon pisou na arena de treino da base dos Saqueadores. O ch?o metálico ainda estava frio sob os pés, e uma leve névoa se erguia do solo, criando um ar misterioso no ambiente.

  Barbara o seguia a passos calmos, com um sorriso discreto no rosto. Mesmo sem dizer nada, só a presen?a dela bastava pra Leon se sentir inteiro.

  — Pronto pra suar um pouco? — perguntou Kyra “Tempest”, já aquecendo os punhos com eletricidade estalando ao redor.

  — Sempre, — respondeu Leon com um leve sorriso de canto.

  Os outros veteranos estavam ao redor, cada um preparando seus estilos únicos. Theo, Luna, Davi e Isabelle observavam com aten??o do canto da arena. Era um treino especial: uma simula??o de batalha contra múltiplos inimigos, em condi??es imprevisíveis.

  Axel “Rastro” foi o primeiro a avan?ar, se movendo em alta velocidade, tentando pegar Leon de surpresa.

  Leon desviou com facilidade, usando sua percep??o aumentada. Em seguida, girou o corpo e aplicou um chute lateral que quebrou a sequência de ataques de Axel.

  — Mais rápido do que antes... — murmurou Zeke “Cicatriz”, já se aproximando com seus bra?os cobertos de energia cortante.

  Os ataques vinham em conjunto agora. Lian “Eco” criava duplicatas sonoras, confundindo Leon, enquanto Haru “Fúria” pulava por cima com um golpe flamejante de cima pra baixo.

  Mas Leon n?o hesitava. Ele se movia como se estivesse dan?ando entre os golpes. Bloqueava, desviava, contra-atacava. Cada movimento dele era preciso. Seus olhos brilhavam com uma luz tênue — algo novo. Como se a escurid?o dentro dele estivesse come?ando a brilhar.

  Em um determinado momento, Nero “Grav” usou sua manipula??o gravitacional pra esmagar o ar ao redor de Leon, tentando prendê-lo.

  O ch?o rachou. A press?o era absurda.

  Mas Leon respirou fundo, seus pés firmes no ch?o, e em um grito poderoso — “Solta.” — ele liberou uma onda de luz que desfez a press?o de Nero, surpreendendo todos.

  — Isso foi... luz? — murmurou Luna, arregalando os olhos.

  — Ele tá mudando... — disse Yuki, observando com os bra?os cruzados e um olhar satisfeito.

  A luta terminou com Leon de pé, suando levemente, mas com o peito erguido. Os veteranos o encaravam, alguns surpresos, outros sorrindo. Era como se estivessem vendo a ascens?o de algo maior do que apenas um guerreiro.

  Barbara entrou na arena devagar, se aproximando dele. Ela passou a m?o pelo rosto dele, limpando uma gota de suor.

  — Parece que tá voltando, né? — disse ela, com um olhar cheio de orgulho.

  — T? quase lá... — respondeu Leon, respirando fundo. — Mas com você aqui... acho que eu consigo ir além.

  Os dois se encararam por alguns segundos, e ela o puxou para um beijo leve — n?o pela paix?o, mas pelo sentimento, pelo orgulho e pela for?a que só eles entendiam.

  E ali, diante de todos, Leon n?o era mais apenas o garoto marcado por lutas e perdas. Ele era o símbolo de uma nova era. E os Saqueadores sabiam: a verdadeira guerra estava só come?ando.

  A base dos Saqueadores parecia diferente naquele dia. N?o havia alarme, n?o havia treinamento pesado. Apenas uma brisa leve, o céu limpo e um raro silêncio... de paz.

  Na área externa da base, onde um grande espa?o gramado e uma quadra improvisada se estendiam, alguns dos Saqueadores relaxavam como se o mundo n?o estivesse em perigo constante.

  Axel, Kyra, Luna e Haru estavam numa animada partida de v?lei. Kyra levitava a bola com eletricidade só pra provocar, enquanto Axel se teleportava de um lado pro outro, quase trapaceando — o que fazia Luna gritar com ele e Haru rir alto a cada ponto.

  — Isso n?o vale, Axel! Para de sumir, caramba! — gritava Luna, já pegando impulso pra um ataque que lan?ou a bola com tanta for?a que Kyra teve que rolar pra desviar.

  Mais ao fundo, Davi e Zeke disputavam um acirrado jogo de beach tennis contra Yuki e Lian, enquanto Isabelle e Nero apenas observavam sentados sob uma árvore, trocando comentários e rindo como velhos amigos.

  Leon, por outro lado, estava encostado em uma árvore mais afastada, observando tudo com um leve sorriso nos lábios. Era um daqueles raros momentos em que ele sentia algo que por muito tempo foi impossível: tranquilidade.

  Barbara chegou silenciosa, como sempre fazia. Sentou-se ao lado dele, encostando a cabe?a no ombro dele. Os dois ficaram assim por alguns minutos, em silêncio, apenas ouvindo as risadas dos outros.

  — Fazia tempo que a gente n?o via algo assim, né? — ela disse, com a voz suave.

  — Parece outro mundo… — Leon respondeu. — E pensar que um tempo atrás eu nem sabia se estaria vivo.

  Barbara ergueu o rosto, olhando pra ele com carinho.

  — Você tá vivo, Leon. Tá aqui. Com a gente. Comigo.

  Leon virou o rosto e encarou aqueles olhos castanhos que sempre lhe davam seguran?a. Ele segurou a m?o dela e a entrela?ou com a sua.

  — Obrigado por me trazer de volta… mais de uma vez. — ele falou baixo, sincero.

  Ela sorriu e encostou a testa na dele, os olhos fechados.

  — E eu vou continuar trazendo quantas vezes for preciso.

  Leon riu baixinho. Pela primeira vez em muito tempo, riu de verdade.

  — Ent?o vou ter que te dar trabalho pro resto da vida, né?

  — Exatamente. — ela respondeu, com um sorriso atrevido.

  Nesse momento, Luna correu em dire??o a eles, ofegante.

  — Leon! Barbara! Vem jogar! T? precisando de refor?o, esses dois t?o trapaceando! — ela apontava pra Axel e Kyra, ambos já rindo.

  — Trapaceando é o nome do jogo, querida! — gritou Axel do outro lado da quadra.

  Leon olhou pra Barbara e ergueu uma sobrancelha. Ela apenas assentiu com a cabe?a, animada.

  — Vamos mostrar pra eles o que é uma dupla de verdade?

  Leon levantou-se, estendendo a m?o pra ela.

  — Bora acabar com eles.

  Os dois se juntaram à quadra, e o jogo come?ou. Risos, quedas, piadas e provoca??es preencheram aquele fim de tarde dourado.

  Naquele instante, mesmo com tudo que já haviam enfrentado, mesmo com tudo que sabiam que ainda viriam a enfrentar… o mundo parecia perfeito.

  Era como se o destino, por um breve momento, tivesse dado uma trégua.

  E todos sabiam aproveitar cada segundo. A brisa da noite era suave, e o som do mar ao longe misturava-se com as risadas dos Saqueadores ao redor da fogueira. O céu estrelado iluminava os rostos de todos, criando um clima calmo, quase mágico — como se, por um instante, o mundo estivesse em paz.

  Kyra estava sentada com os pés cruzados, sorrindo ao ver Lian contar uma piada ruim que fez até mesmo Haru dar uma risadinha abafada. Zeke, sempre mais na dele, observava tudo com os bra?os cruzados, mas com um sorriso discreto no canto dos lábios.

  — Tá, tá — disse Axel, já rindo antes de falar — agora vamos jogar "Verdade ou Desafio", vai! Só vale sair se for covarde.

  — E se a pessoa escolher desafio e n?o cumprir? — perguntou Luna, arqueando uma sobrancelha.

  — Aí toma um bald?o de água gelada na cabe?a. Regras s?o regras — respondeu June com um sorriso travesso.

  Todos concordaram, rindo.

  A rodada correu entre perguntas bobas, desafios engra?ados e pequenas revela??es... até que o jogo chegou em Leon.

  — Verdade ou desafio, Sr. Silencioso? — perguntou Kyra com um sorriso malicioso.

  Leon sorriu de canto e disse: — Desafio.

  A turma vibrou. Luna e Theo fizeram "oooooh!" ao mesmo tempo.

  — Ok, desafio, hein... — come?ou Axel, já olhando para Barbara do outro lado da roda — A gente quer que você beije a Barbara.

  O grupo explodiu em risadas, assobios e gritos. Barbara ficou vermelha na hora, olhando de canto para Leon, com um sorriso tímido nos lábios.

  — Ah, qual é! — disse Haru, rindo — Vocês acham que enganam alguém? Tá na cara que vocês dois já s?o casal faz tempo!

  Barbara olhou para Leon, ainda sem jeito, e disse baixinho:

  — A gente pode… tornar isso oficial?

  Leon sorriu de volta, com o olhar calmo, e segurou a m?o dela com carinho. Ele se inclinou devagar, puxando-a para perto com delicadeza. O beijo foi suave, cheio de sentimento — o tipo de beijo que n?o precisava provar nada, apenas confirmar o que todos ali já sentiam no ar.

  Quando se separaram, a fogueira parecia mais quente. O grupo aplaudiu, gritou e comemorou como se o casal tivesse acabado de ganhar uma guerra.

  — Sobreviveram ao desafio — disse Zeke, rindo baixinho.

  — E ganharam o prêmio de casal oficial dos Saqueadores — brincou Lian.

  Barbara encostou no ombro de Leon e murmurou: — Acho que agora ninguém mais tem dúvidas...

  Leon apertou sua m?o e respondeu: — Que bom. Nem eu.

  Naquela noite, enquanto as estrelas iluminavam os sorrisos de cada um, os Saqueadores finalmente pareciam ter um momento só deles. Um momento de verdade... um momento de paz.

  Após o beijo entre Leon e Barbara, a fogueira explodiu em comemora??es e risadas. O jogo de “Verdade ou Desafio” seguiu com ainda mais anima??o, como se aquele momento tivesse quebrado o gelo entre todos de vez.

  — Agora é a vez da Luna! — disse June com um sorriso travesso.

  Luna pensou por alguns segundos e respondeu: — Verdade.

  Kyra, já pronta, disparou: — é verdade que você já teve um crush no Theo?

  Luna arregalou os olhos, o rosto pegando fogo. — Q-que?! N-n?o… talvez… eu n?o vou responder isso!

  Theo, do outro lado, riu nervoso, co?ando a nuca. — Eu… também n?o vou comentar nada n?o…

  O grupo caiu na gargalhada.

  Logo depois, foi a vez de Haru, que aceitou um desafio de cantar uma música dramática em pé na beira da fogueira como se estivesse num palco de teatro. Ele fez uma performance exagerada e hilária, que arrancou aplausos falsos e muitas gargalhadas.

  Zeke foi desafiado a contar um segredo. Após hesitar, ele apenas disse: — Já pensei em sair da equipe… mas vocês s?o a única família que eu tenho. — Um silêncio respeitoso tomou o ar, seguido por palmas e abra?os discretos.

  O jogo foi se tornando mais leve, mais tranquilo… até que Axel olhou para todos e disse:

  — Acho que tá na hora de encerrar. Esse foi, sem dúvida, o melhor dia que tivemos em muito tempo.

  Todos concordaram. O fogo da fogueira come?ava a diminuir, lan?ando brasas para o céu escuro enquanto os membros do grupo se levantavam devagar, espregui?ando-se e rindo das brincadeiras.

  Barbara e Leon caminharam juntos em silêncio para o quarto dele. As m?os entrela?adas, os olhares tranquilos. Quando chegaram, Barbara se jogou na cama e suspirou.

  — Faz tempo que eu n?o me sentia assim… em paz.

  Leon deitou ao lado dela, olhando para o teto por um momento. — A gente merece isso. Todo mundo merece.

  Ela virou de lado e o encarou com carinho. — Boa noite, meu herói.

  Ele sorriu. — Boa noite, minha luz.

  Enquanto todos os Saqueadores se recolhiam aos poucos, o silêncio da madrugada foi tomando conta da base. Do lado de fora, o mar seguia calmo. O vento batia devagar, embalando os sonhos de cada um deles.

  Na manh? seguinte, o sol nasceu forte, trazendo com ele mais um dia tranquilo. Um dia de paz. E, por ora, era tudo o que precisavam. Capítulo 1, Ato 4 – Sol e Risadas

  O sol já estava alto no céu quando Leon acordou, ainda abra?ado a Barbara, que dormia tranquilamente ao seu lado. Ele a observou por alguns segundos, admirando o jeito sereno com que ela respirava. Ent?o, com um sorriso travesso no rosto, ele se levantou devagar, cobrindo-a com o len?ol.

  — Hoje o café da manh? vai ser por minha conta — murmurou para si mesmo com confian?a.

  O refeitório estava vazio quando ele chegou, e Leon se sentiu o próprio chef cinco estrelas. Vestiu um avental velho que dizia "Beije o cozinheiro" (ele ainda n?o sabia de quem era aquilo), arrega?ou as mangas e come?ou.

  — Ovos mexidos… parece fácil.

  Foi aí que tudo come?ou a desandar. Os ovos grudaram na frigideira. A torradeira pegou fogo por um instante. O leite fervido transbordou e caiu na boca do fog?o, fazendo aquele som de ssssssshhhhhhhh. Quando ele tentou fritar bacon, o óleo espirrou direto na cara dele.

  — AAAAAAAAAAAAH! QUEIMA! MEU DEUS! — gritou Leon, jogando o paninho da m?o pro alto enquanto pulava pelo refeitório.

  Foi nesse momento que Axel entrou com Haru e Theo atrás.

  — Que cheiro de morte é esse?! — gritou Haru, tampando o nariz.

  — Leon… o que você tá fazendo, mano?! — Axel disse rindo, encarando o fog?o agora completamente tomado por um caos culinário.

  — Eu só queria fazer café da manh? pra Barbara…

  Theo come?ou a rir descontroladamente.— Você quase invocou um dem?nio com essa gororoba aqui.

  Mais e mais membros foram chegando. Luna entrou rindo, Zeke encarou o bacon com uma express?o de puro horror, e Kyra teve que ajudar a desligar o forno que come?ou a apitar sem parar.

  Quando Barbara finalmente apareceu, bocejando e vestindo um moletom grande demais, ela viu todos rindo enquanto Leon, coberto de farinha e com um peda?o de p?o queimado na cabe?a, tentava salvar o que restava de dignidade.

  — O que aconteceu aqui?! — perguntou ela, rindo com uma das m?os cobrindo a boca.

  — Eu tentei cozinhar… por você — disse ele, derrotado.

  Barbara se aproximou, limpou a farinha do rosto dele com carinho e o beijou na bochecha.

  — Isso é a coisa mais fofa e desastrosa que alguém já fez por mim.

  Todos riram, e Barbara resolveu assumir a cozinha com ajuda de Luna e Kyra, preparando um café da manh? decente. Enquanto isso, Leon se sentou à mesa, derrotado, mas com o cora??o aquecido pelo sorriso dela.

  Aquele era um dia sem lutas, sem estratégias, sem dor. Era apenas mais um dia em que os Saqueadores podiam, mesmo que por pouco tempo, viver como pessoas normais. E Leon sabia que esses momentos seriam preciosos para lembrar quando a guerra voltasse a bater na porta.

  Capítulo 1, Ato 5 — Ruptura na Calmaria

  O sol brilhava forte naquela tarde. Depois de dois dias de puro descanso e risadas, os Saqueadores decidiram que mereciam uma recompensa: um lanche do McDonald's.

  — Cara, eu quero muito um McFlurry — disse Axel, rindo.

  — Eu vou de Big Tasty... — comentou June, com um sorriso pregui?oso.

  Leon andava de m?os dadas com Barbara, os dois trocando olhares e piadinhas no caminho. Eles estavam completamente tranquilos. Por um instante... tudo parecia certo.

  Até que o céu escureceu de repente.

  Um trov?o seco cortou o ar — sem nuvens, sem chuva, só destrui??o.

  Antes que qualquer um pudesse reagir, uma sombra colossal caiu do céu em alta velocidade, rachando o asfalto da estrada como vidro.

  BOOM!

  A terra tremeu. Poeira subiu. E quando ela baixou...

  — ...N?o. — murmurou Yuki, já puxando sua espada.

  No centro da cratera, com os punhos cerrados e os olhos faiscando com puro ódio, estava o Lorde das Trevas. A mesma criatura que quase matou Leon na última batalha. Mas agora… ele parecia ainda mais imponente.

  — Que droga é essa... — sussurrou Theo, engolindo seco.

  — Vocês realmente acham que teriam paz? — disse o Lorde, a voz grossa reverberando no peito de todos. — O tempo de brincar acabou.

  Ele desapareceu num piscar de olhos.

  CRACK! Um chute brutal atinge Haru, jogando-o contra um carro estacionado. Outro soco lan?a Mirage metros no ar.

  — FORMEM A LINHA! — grita Kyra, ativando sua aura Tempestuosa.

  Leon protege Barbara com o corpo. Seu cora??o dispara.

  — Vocês corram! Eu paro ele aqui! — diz ele, avan?ando.

  Mas o Lorde já estava na frente de Barbara, com a m?o prestes a atravessar seu peito.

  CLANG!

  Leon surge a tempo, bloqueando o golpe com o antebra?o, os olhos iluminados pela energia de dois núcleos.

  — Você de novo, lixo? — rosna o Lorde.

  — Eu n?o vou deixar você encostar nela de novo.

  Eles trocam golpes t?o rápidos e brutais que mal podiam ser seguidos pelos olhos humanos. Cada soco abria crateras, cada movimento fazia o ch?o rachar.

  Mesmo ativando o poder dos núcleos, Leon estava com dificuldades. O Lorde das Trevas era ainda mais forte do que antes. E agora, mais agressivo. Era como lutar contra uma tempestade viva.

  Barbara observa, tremendo de medo e tens?o — n?o por ela, mas por ele.

  — LEON! — ela grita.

  Ele olha pra trás por um segundo... e é atingido no est?mago, voando para trás, cuspindo sangue.

  Mas ele se levanta. Rápido. Como se nada o impedisse.

  — Eu n?o vou cair de novo. N?o agora.

  Com um rugido, ele parte pro contra-ataque, e o campo de batalha vira um caos total.

  O choque entre Leon e o Lorde das Trevas se intensificava a cada segundo. O campo de batalha já n?o era mais reconhecível. As árvores estavam destruídas, os carros virados em chamas, a estrada rachada como vidro. Os golpes trocados entre os dois criavam ondas de choque t?o fortes que os outros Saqueadores mal conseguiam se aproximar.

  Leon sangrava pelo canto da boca, o uniforme rasgado, os olhos brilhando com a fúria de dois núcleos ativos. O Lorde sorria — um sorriso sádico, predatório.

  — Já cansou, herói? — zombou o Lorde, os punhos cobertos de sangue e energia negra pulsante.

  — Nunca... — respondeu Leon, ofegante. — Enquanto... eu respirar...

  O Lorde das Trevas se lan?ou para o alto, reunindo uma esfera de pura destrui??o nas m?os. Uma massa escura, girando violentamente.

  — Esse é o fim.

  A esfera foi lan?ada. Leon tentou desviar, mas estava lento, exausto. Ele viu a morte vindo direto em sua dire??o.

  Foi ent?o que uma figura surgiu como um raio na frente dele.

  ISABELLE.

  — EU N?O VOU DEIXAR VOCê TOCAR NELE! — gritou ela, ativando sua habilidade ao máximo, um escudo energético surgindo em volta dela e de Leon.

  A explos?o foi absurda. A terra tremeu como se fosse um terremoto de magnitude dez. Quando a fuma?a dissipou… Isabelle ainda estava de pé.

  Sangrando. Tremendo. Mas de pé.

  — I-Isabelle... — murmurou Leon.

  — Cala a boca, idiota. Ainda tem uma luta.

  Ela se virou, avan?ando sozinha contra o Lorde. Golpes, rajadas de energia, gritos. Uma fúria que ninguém nunca tinha visto nela. Ela acertava o Lorde com tudo o que tinha — joelhadas, socos flamejantes, rajadas de luz.

  Mas ele... era forte demais.

  Numa virada rápida, o Lorde agarrou o pesco?o dela com uma m?o só.

  — Você... me irrita. — murmurou.

  Leon tentou correr. Gritou. Mas era tarde demais.

  CRACK.

  Com uma brutalidade fria, o Lorde arrancou a cabe?a de Isabelle. O corpo dela caiu no ch?o, sem vida, como uma boneca quebrada.

  Silêncio.

  Barbara gritou. Yuki congelou. Davi caiu de joelhos.

  E Leon...

  Leon parou.

  O mundo ficou mudo.

  Algo dentro dele... quebrou.

  Seus olhos brilharam com uma intensidade demoníaca. As veias saltaram pelo bra?o. Seu grito de raiva ecoou como o uivo de uma fera ancestral.

  — FILHO DA...!! — rugiu Leon, pulando sobre o Lorde com tudo que tinha.

  Os primeiros socos vieram secos, brutais, esmagadores. O rosto do Lorde come?ou a afundar. Cada pancada trazia uma rajada de sangue.

  — VOCê... N?O... MEXE... COM... OS MEUS! VOCê N?O TIRA NINGUéM DE MIM! — Leon berrava, socando sem parar.

  O nariz do Lorde quebrou. A mandíbula se soltou. Os dentes voaram para longe. A carne do rosto dele foi esfarelando, abrindo buracos. O olho direito saiu da órbita. O sangue espirrava em todas as dire??es.

  Ele tentou se defender — Leon quebrou os dois bra?os.

  Tentou rastejar — Leon quebrou as pernas.

  Só restava o desespero. O terror.

  O Lorde das Trevas... fugiu.

  Usou um portal de sombras e desapareceu, com o rosto irreconhecível, cuspindo sangue, deixando para trás o cheiro de morte e derrota.

  Leon caiu de joelhos. Os punhos ainda tremendo. Olhou para o corpo sem cabe?a de Isabelle.

  — ...Me perdoa. — sussurrou, com os olhos marejando. — Eu juro que vou acabar com todos eles.

  A fogueira de raiva ainda queimava em seus olhos.

  Mas agora… ela era também tristeza.

  A poeira da batalha come?ava a baixar. O silêncio era sepulcral, quebrado apenas pelo som da respira??o ofegante de Leon e o estalo fraco do fogo em destro?os próximos. O corpo de Isabelle jazia imóvel no ch?o, sem a cabe?a. O ch?o ao redor estava encharcado de sangue.

  Leon ainda estava de joelhos, os punhos manchados de vermelho, os olhos vazios como se o mundo tivesse perdido o sentido.

  Foi ent?o que os Saqueadores correram até ele.

  — Leon!! — gritou Davi, o primeiro a chegar.

  Ele parou ao ver o corpo de Isabelle. Sua express?o mudou na hora. Um baque seco no peito. O silêncio dele dizia mais que mil palavras.

  Yuki se ajoelhou ao lado, colocando uma das m?os no ombro de Leon. — Leon… você tá vivo, cara… a gente precisa de você. Fica com a gente, tá?

  Barbara chegou logo atrás, com o rosto coberto de lágrimas. Ela n?o disse nada no início — apenas se ajoelhou e abra?ou Leon por trás, apertando-o contra o peito dela, envolvendo-o com os bra?os trêmulos.

  — Eu t? aqui, amor… t? aqui. — ela sussurrou, sua voz falhando de tanta emo??o. — Eu sei que dói... mas você n?o tá sozinho, tá bom? Eu t? com você… todos nós estamos.

  Leon n?o respondeu. Apenas permitiu que ela o segurasse. Seu corpo tremia levemente. As lágrimas escorriam silenciosas por seu rosto sujo de sangue e fuligem.

  Luna se aproximou em silêncio, cobrindo o corpo de Isabelle com o próprio casaco, os olhos cheios de dor e revolta.

  — Ela salvou você... — disse Luna, baixinho. — E agora... agora a gente vai honrar isso.

  Theo ficou em pé, olhando ao redor, com o olhar fixo. — Esse desgra?ado… ele vai pagar. Cada Lorde… cada um deles vai pagar.

  Barbara segurou o rosto de Leon com as m?os e olhou nos olhos dele.

  — Isabelle sabia que você era importante. Sabia que faria diferen?a. Ela acreditava em você, Leon… ent?o n?o deixa isso acabar com você. Transforma isso em for?a. A gente vai ficar mais forte. Juntos.

  Leon piscou, lentamente, os olhos focando nela.

  — ...Eu n?o vou parar. — murmurou ele, com a voz quebrada. — Eles tiraram algo que nunca v?o poder devolver. Eu juro… eu vou matar todos eles. Um por um.

  Barbara o abra?ou de novo, apertado. O resto do grupo fez um círculo ao redor deles, silenciosamente, respeitando o luto. Mas também oferecendo presen?a. For?a. Uni?o.

  Mesmo em meio à dor, havia um la?o ali. Um elo. Eles n?o eram apenas um grupo… eram uma família. E juntos… iriam até o fim.

  Capítulo 1, Ato 6 — Adeus, Estrela Cadente O céu estava cinzento naquele dia. O vento soprava suave pelas colinas, fazendo as folhas dan?arem em silêncio. Os Saqueadores estavam reunidos num campo afastado da base — um lugar tranquilo, onde se ouvia apenas o som da natureza. Um lugar digno de descanso para alguém como Isabelle Darc.

  O caix?o, simples e de madeira escura, estava envolto por flores que Luna e Barbara haviam colhido pessoalmente. Sobre ele, repousava uma rosa branca, com as pétalas levemente manchadas de vermelho. Um símbolo da pureza e da dor.

  Todos estavam ali. De cabe?a baixa. De luto.

  Leon permanecia em pé, ao lado do caix?o, com os olhos fixos. O rosto sério, mas com um olhar perdido — como se ainda estivesse tentando aceitar que aquilo era real. Barbara segurava sua m?o com firmeza, e mesmo sem palavras, o conforto dela o mantinha de pé.

  Yuki respirou fundo e deu um passo à frente. Com a voz calma e rouca, come?ou:

  — Isabelle Darc... n?o foi só uma companheira de equipe. Foi uma amiga. Uma luz, mesmo nos momentos mais sombrios. Sempre com uma resposta afiada, um sorriso tímido, e uma coragem que… sinceramente, superava muitos de nós. Ela salvou vidas. Salvou o mundo mais de uma vez. E morreu… protegendo o que acreditava. — Ele olhou para Leon. — Protegendo alguém que ela amava.

  Davi abaixou a cabe?a, os olhos marejados. Theo fechou os punhos, tentando segurar as emo??es. Luna chorava em silêncio.

  Leon finalmente deu um passo à frente. Ficou ali, parado por alguns segundos, até que finalmente falou — com a voz trêmula e embargada.

  — Isabelle... você me salvou. N?o só naquela luta. Mas muitas vezes antes disso… com sua presen?a, com sua for?a. Você foi uma irm? pra mim. Uma das poucas pessoas que enxergou quem eu era de verdade... — Ele engoliu seco. — Eu queria ter te protegido como você me protegeu. Queria ter sido rápido o suficiente... forte o suficiente... — Ele se calou por um momento, e ent?o murmurou: — Mas eu prometo… que n?o vou deixar isso ter sido em v?o. Eu vou te honrar. Vou honrar sua memória.

  Barbara se aproximou, colocou uma pequena fita azul sobre o caix?o — um dos acessórios favoritos de Isabelle — e disse com ternura:

  — Você foi minha amiga. E eu sinto muito por n?o ter dito isso o suficiente. Obrigada por confiar em mim… e por cuidar dele quando eu n?o podia.

  Com um sinal de cabe?a de Yuki, o caix?o foi lentamente descido à terra. Um a um, os Saqueadores jogaram punhados de terra por cima, até que tudo estivesse coberto.

  Silêncio.

  O grupo permaneceu ali por mais alguns minutos. De luto. Em respeito. Em amor.

  E quando finalmente se afastaram… uma brisa leve soprou por entre as árvores. Como se o espírito de Isabelle estivesse ali, observando-os. Sorrindo. E pronta para partir.

  Capítulo 1, Ato 7 — O Luto de Cada Um

  O campo estava em silêncio, e o vento agora trazia uma brisa mais fria. Cada membro dos Saqueadores estava lidando com a perda de Isabelle de uma maneira única. O impacto de sua morte reverberava de diferentes formas em cada um deles.

  Leon: Leon, por mais que estivesse rodeado por amigos e aliados, sentia uma solid?o profunda. Sua rela??o com Isabelle n?o era apenas de companheirismo de batalha; ela era um reflexo da sua humanidade. Ela havia sido a primeira a confiar nele, a entender o peso de sua jornada. Agora, ele se sentia quebrado. O vazio deixado por ela n?o poderia ser preenchido por palavras ou gestos simples.

  Nos primeiros dias, ele se isolou. Passava longas horas em silêncio, refletindo sobre o que aconteceu. Em momentos como esses, o peso de sua miss?o ficava ainda mais insuportável. Ele estava mais determinado do que nunca a cumprir o objetivo, mas a dor de ter perdido Isabelle fazia com que cada passo fosse mais difícil. Ele sabia que n?o poderia falhar novamente, mas ao mesmo tempo, se sentia perdido sem ela ao seu lado.

  à noite, ele ainda sentia a presen?a dela. Um eco nas sombras, um sussurro nas brisas suaves. Ela o guiava, como sempre fez. E, de alguma forma, isso o dava for?as para continuar.

  Barbara: Barbara foi a mais profunda no luto. Ela havia visto Leon passar por tantas coisas, mas ela nunca imaginou que perderia alguém t?o próximo a ele, que também significava muito para ela. Isabelle n?o era só uma amiga para Barbara, mas também uma confidente. Quando Leon estava em conflito, Isabelle era a única que o entendia sem julgamentos. E quando Barbara estava em dúvida, Isabelle sempre tinha um conselho sincero para dar.

  O sentimento de culpa era algo que Barbara n?o conseguia afastar. Por mais que soubesse que Isabelle havia escolhido seu próprio destino, o peso de n?o ter sido capaz de impedir isso a consumia. Ela se afundava nos próprios pensamentos, às vezes se afastando do grupo, preferindo lidar com a dor sozinha. Mas cada vez que Leon falava sobre Isabelle com tanto carinho, ela sentia que, talvez, deveria ser mais forte. Para ela. Para ele.

  Ela se permitiu chorar em silêncio, nas madrugadas, longe dos outros, mas, no fundo, sabia que Isabelle queria que ela fosse forte, e isso se tornava um ponto de apoio.

  Yuki: Yuki, sempre o mais contido emocionalmente, lidava com a perda de maneira fria à superfície, mas por dentro, a dor o consumia. Ele tinha perdido pessoas antes, mas Isabelle... Ela n?o era apenas mais uma. Ela era parte da sua equipe, uma amiga. Ele se via refletindo sobre as muitas vezes em que poderiam ter agido de maneira diferente, as coisas que poderiam ter sido feitas para evitar essa tragédia. No entanto, ele sabia que o luto n?o devia ser uma pris?o. Ent?o, ele canalizou sua dor em a??o, fazendo o possível para ajudar o grupo a seguir em frente.

  Mas, nas noites mais silenciosas, Yuki se pegava questionando sua própria lealdade. Ele se perguntava se, de alguma forma, ele n?o havia feito o suficiente para protegê-la. A ausência de Isabelle, com sua presen?a calorosa e sua risada única, fazia falta, especialmente nos momentos de descontra??o.

  Davi e Theo: Davi e Theo estavam em um estado de nega??o mútua. Os dois, sempre os mais brincalh?es e leves, n?o sabiam como lidar com a morte de Isabelle. Para eles, ainda parecia surreal. O riso deles havia desaparecido, e a tens?o no ar se arrastava em cada palavra, cada olhar. Eles se davam apoio, mas nem mesmo as piadas entre os dois eram capazes de aliviar a dor. Eles tentavam manter o semblante firme para o restante do grupo, mas, no fundo, estavam quebrados, à sua própria maneira.

  Davi se retirava para lugares mais isolados, usando o tempo para pensar sobre as coisas que n?o haviam sido ditas, sobre os momentos que n?o haviam sido compartilhados. Theo, sempre mais racional, se concentrava na miss?o, tentando afogar seus sentimentos na a??o, mas o peso da perda era claro em seu olhar vazio.

  Luna: Luna, com seu temperamento quente e emocional, parecia ser a que mais demonstrava sua dor abertamente. Ela n?o era de esconder sentimentos, e a perda de Isabelle mexeu com ela profundamente. Ela se afastou do grupo em alguns momentos, chorando sozinha, tentando entender por que uma pessoa t?o pura tinha que ser arrancada da vida deles de forma t?o cruel. Ela sentia a perda como uma perda pessoal, uma amiga que n?o poderia ser substituída.

  Ela guardava uma dor silenciosa, mas também era a primeira a se oferecer para estar ali para Leon, mesmo que ele n?o pedisse ajuda. Ela sabia que a dor dele era ainda mais profunda, e queria ser a pessoa que o ajudaria a carregar esse fardo. Para ela, Isabelle sempre foi a "fortaleza", e agora que ela se foi, Luna sentia-se compelida a continuar com essa fortaleza em espírito.

  Haru: Haru, o mais calado, n?o conseguia sequer olhar para o caix?o de Isabelle sem sentir o peso da tristeza. Sua maneira de lidar com a perda era com uma quietude quase absoluta. Ele mantinha sua posi??o forte, mas internamente, sentia o vazio. Ele via como os outros estavam lidando com a situa??o, e, mesmo que fosse difícil para ele expressar, ele sentia uma responsabilidade, uma necessidade de ser forte por todos. No fundo, ele sentia que Isabelle acreditava em sua for?a. Ele n?o poderia falhar.

  Conclus?o: A perda de Isabelle foi sentida por todos, mas sua lembran?a n?o desapareceu com a dor. Durante o funeral, todos estavam em silêncio, ainda tentando aceitar que ela n?o estaria mais ali. E embora a ausência fosse uma sombra constante, algo em cada um deles come?ou a mudar.

  O tempo passou, e enquanto o mundo continuava em sua marcha implacável, havia algo no ar — uma sensa??o de que, talvez, o fim n?o fosse um fim definitivo. Talvez, em algum ponto distante, o futuro trouxesse mais do que esperavam. Mas por enquanto, isso era apenas uma possibilidade distante, oculta nas entrelinhas do que ainda estava por vir.

  Eles sabiam que seguir em frente era tudo o que podiam fazer. E, enquanto isso, a memória de Isabelle os guiava silenciosamente, como uma chama que nunca se apaga.

  Capítulo 2: Ato 1 - Prepara??o para a Batalha Final

  O som das laminas cortando o ar, os gritos de determina??o e o som dos corpos se chocando contra o ch?o ecoavam pela base dos Saqueadores. O campo de treinamento estava mais agitado do que nunca. Após a perda devastadora de Isabelle, cada membro da equipe estava mais focado do que nunca. A dor da perda ainda queimava em seus cora??es, mas agora havia uma chama mais intensa – a necessidade de justi?a, de vingan?a, de um fim definitivo para o Lorde das Trevas.

  Leon estava no centro do campo, suor escorrendo de seu rosto, mas seus olhos estavam fixos com uma determina??o implacável. Ele n?o podia mais perder mais ninguém. Ele n?o poderia mais falhar.

  Ao lado dele, Bárbara treinava com uma intensidade que só quem a conhecia profundamente poderia entender. Ela estava silenciosa, mas seu corpo estava em movimento constante, cada golpe que ela desferia era carregado com uma raiva contida, com um desejo profundo de que a morte de Isabelle fosse vingada.

  Os outros também estavam comprometidos, seus rostos sérios enquanto se preparavam para a batalha que definiria o destino deles. Yuki estava ao lado de Leon, treinando técnicas de controle de energia, algo que ele vinha aperfei?oando nas últimas semanas.

  Yuki: "Você está mais forte, Leon. A perda de Isabelle... mudou você. Seu controle sobre seus poderes está quase no ponto em que você pode ir além. Você sabe disso, n?o é?"

  Leon assentiu, sem dizer uma palavra. Ele n?o precisava falar. Sua mente estava ocupada com algo maior. N?o apenas os poderes que ele estava adquirindo, mas o objetivo. A vingan?a contra o Lorde das Trevas era a única coisa que o motivava agora.

  No canto, Axel e Zeke estavam treinando juntos. A sincronia deles já era algo impressionante, mas agora parecia que estavam se desafiando constantemente, tentando superar o limite do outro.

  Axel: "Cuidado, Zeke. N?o vou segurar mais o golpe. Está preparado para ver minha for?a de verdade?"

  Zeke sorriu, empunhando sua espada com destreza.

  Zeke: "Tente me alcan?ar primeiro."

  O campo de treinamento estava cercado por sons de impacto e luta, mas tudo parecia em perfeita harmonia. O clima estava pesado, mas o foco de cada um era palpável. Nada seria deixado ao acaso.

  Barbara estava perto de Leon, se concentrando em um saco de treino. Cada soco era poderoso, mas controlado. Ela sentia a dor, mas n?o a deixava dominar. A perda de Isabelle, a sensa??o de impotência quando ela caiu... tudo isso estava sendo canalizado em sua for?a.

  Leon: "Você está quase lá, Barbara."

  Ela n?o olhou para ele, mas o simples fato de ele falar a fez sentir-se mais segura, mais forte. Havia algo no jeito de Leon que fazia com que ela se sentisse protegida, mesmo que ele tivesse a sua própria batalha interna.

  O tempo passava rapidamente e, enquanto os Saqueadores se preparavam, algo estava mudando. Cada um deles se aproximava da luta, n?o apenas com os olhos focados no futuro, mas com a convic??o de que, dessa vez, eles venceriam. O Lorde das Trevas, aquele que havia causado tantas perdas, que tinha devastado as suas vidas, n?o sairia impune.

  No final do dia, enquanto o sol come?ava a se p?r, todos estavam exaustos, mas o espírito de luta parecia mais forte do que nunca. No centro do campo, Leon se aproximou dos outros. Eles estavam se preparando para descansar, mas ele tinha algo a dizer.

  Leon: "Eu sei que estamos prontos para a batalha. Eu sei que temos o que é necessário para acabar com isso. Mas mais do que isso... nós precisamos lutar por Isabelle. N?o só pela vingan?a, mas pela justi?a. E isso nos tornará mais fortes. N?o podemos falhar."

  A conversa que seguiu foi silenciosa, mas todos sabiam o que estava em jogo. Eles estavam mais unidos do que nunca. O que aconteceria a seguir definiria o curso da guerra. O Lorde das Trevas n?o teria outra chance. Eles iriam destruí-lo, juntos.

  Capítulo 2: Ato 2 - Despertar das Habilidades

  O campo de treinamento estava silencioso, exceto pelos sons distantes de laminas cortando o ar e os punhos batendo contra o ch?o. Cada membro da equipe estava no seu limite, mas Leon sabia que estava perto de alcan?ar o que precisava: despertar completamente suas habilidades, n?o apenas o controle da escurid?o, mas a verdadeira extens?o de seu potencial. Ele estava determinado a n?o deixar que a perda de Isabelle fosse em v?o, e para isso, ele precisaria ultrapassar todas as barreiras que ainda restavam dentro de si.

  Ele se afastou dos outros, indo para um canto mais isolado do campo. A tens?o estava no ar, o poder crescente de sua energia quase podia ser sentido, como se o próprio espa?o ao redor dele estivesse vibrando com intensidade.

  Leon fechou os olhos e, por um momento, a dor da perda se espalhou por seu corpo, mas ele a ignorou. Em vez disso, focou apenas na miss?o que estava diante de si. O destino de todos dependia de sua for?a. Ele sabia disso. A cada respira??o, a cada batida de seu cora??o, ele sentia suas habilidades evoluírem, sua própria essência se transformando.

  Ele se concentrou em sua super for?a primeiro. Imaginou-se quebrando o ch?o, rasgando o metal, levantando montanhas. Sua pele parecia aquecer enquanto sua musculatura se expandia. Seus músculos, que antes já eram impressionantes, pareciam crescer e se fortalecer com uma facilidade quase aterrorizante. Ele testou sua for?a erguendo uma pedra gigantesca que antes seria impossível de mover, sentindo o peso desaparecer à medida que ele a erguia com facilidade.

  Ent?o, Leon se concentrou na sua super velocidade. Fechou os olhos e se imaginou correndo mais rápido do que a luz, atravessando distancias infinitas em um piscar de olhos. Ao abrir os olhos, uma onda de energia percorreu seu corpo. Ele n?o se moveu, mas o mundo à sua volta pareceu parar por um segundo. Quando ele deu o primeiro passo, o campo de treinamento ao seu redor parecia esticar como se estivesse em camera lenta. A velocidade dele se tornou t?o extrema que os outros n?o puderam acompanhar seus movimentos, os detalhes ao seu redor come?ando a se distorcer. Era como se o próprio tempo fosse dobrado à sua vontade.

  Por fim, Leon olhou para o céu e focou no seu voo. Seus olhos brilharam com uma intensidade nova. Ele sentiu o ar ao seu redor, o peso de sua própria existência se tornando insignificante. A gravidade n?o o segurava mais. Com um salto, ele disparou para o céu, mais rápido que qualquer coisa que já tivesse experimentado. Ele n?o só voava, mas ultrapassava limites além do entendimento humano. O vento cortava seu rosto, e as nuvens pareciam se afastar à medida que ele subia, chegando a alturas onde a vis?o do mundo parecia algo pequeno e insignificante.

  Ele estava em um ponto de n?o-retorno agora. Leon havia superado os limites humanos. Suas habilidades estavam em um nível que poucas criaturas poderiam alcan?ar. O poder da super for?a, super velocidade e voo estavam agora a seu comando, e com isso, ele sabia que estava pronto.

  Quando ele finalmente desceu do céu e aterrissou com um impacto forte o suficiente para deixar uma cratera no ch?o, os outros olharam com surpresa. Leon estava diferente. Algo em seus olhos mostrava uma calma fria e uma confian?a inabalável. Ele havia se transformado em algo mais. Ele agora possuía o poder que precisaria para destruir o Lorde das Trevas de uma vez por todas.

  Barbara se aproximou dele, seus olhos brilhando com um misto de orgulho e apreens?o.

  Barbara: "Você... você fez isso. Você realmente se tornou mais forte."

  Leon olhou para ela com uma express?o serena, mas com uma intensidade que ela ainda n?o havia visto antes.

  Leon: "Eu n?o fiz isso só por mim, Barbara. Fiz isso por todos nós. N?o podemos falhar. Agora, estamos prontos."

  Mas enquanto ele falava, algo dentro dele parecia estar mudando ainda mais. Havia uma energia crescente dentro dele, algo que n?o poderia ser controlado ou ignorado. Ele sabia que ainda tinha mais a descobrir sobre o poder que despertara.

  Enquanto Leon se preparava para o que estava por vir, ele sentia uma leve sensa??o de desconforto, como se as habilidades que agora dominava ainda n?o estivessem totalmente sob seu controle. Mas n?o havia tempo para duvidar. Ele estava pronto para a luta final, e nada nem ninguém impediria o que estava por vir.

  A batalha contra o Lorde das Trevas seria o teste final para ver se toda essa for?a era o suficiente para garantir a vitória. E Leon, agora com suas habilidades completamente despertas, estava mais determinado do que nunca a garantir que a justi?a fosse feita.

  Capítulo 2: Ato 3 - O Céu e a Terra

  Leon e Barbara estavam agora em um local afastado, longe dos olhos atentos dos outros, em um campo vasto e vazio onde poderiam treinar e explorar os novos limites de seus poderes. Leon, com a energia de sua recém-adquirida superfor?a, supervelocidade e a habilidade de voar, estava mais determinado do que nunca. Ele havia finalmente alcan?ado o ponto em que seus poderes estavam além de qualquer coisa que já experimentara, e sabia que a luta contra o Lorde das Trevas seria diferente agora. Ele n?o só se sentia mais forte fisicamente, mas também mais centrado, mais em controle do que nunca.

  — Barbara... — Leon disse, com um sorriso leve e sincero, enquanto ela o olhava com uma express?o mista de admira??o e preocupa??o. Ele sabia que ela tinha sido a pessoa que mais lhe apoiara durante os momentos difíceis, e agora queria dividir esse novo poder com ela. — Você está pronta?

  Barbara deu um pequeno sorriso, mas havia algo em seus olhos que mostrava que ela sabia o peso dessa jornada. Apesar de também ser poderosa, ela sabia o que estava em jogo. Ela tinha que ser forte, para ele e para todos ao seu redor.

  — Sempre estive pronta, Leon. — Ela disse com confian?a. — Mas, hoje, eu só quero ver você... aproveitar um pouco dessa for?a que conquistou. Você merece isso.

  Leon olhou para ela e sentiu um calor tomar conta de seu peito. Barbara era a ancora em sua vida. Ela estava ao seu lado, sem hesitar, em todas as circunstancias. N?o poderia pedir por mais.

  Com um impulso, ele levantou voo. A sensa??o de estar no ar, com o vento batendo em seu rosto, era algo que ele nunca imaginara experimentar. E ent?o, com um sorriso travesso, ele estendeu a m?o para ela.

  — Vamos dar um passeio. — Ele falou, com um brilho nos olhos.

  Barbara olhou para ele, surpresa, mas com a confian?a que ela tinha nele, estendeu a m?o e o seguiu. Ele a pegou suavemente, sentindo o calor de sua pele e o peso da responsabilidade de protegê-la. Com um movimento fluido, Leon come?ou a voar, subindo aos céus em uma velocidade inimaginável.

  O campo abaixo deles se transformava em um borr?o, enquanto as árvores e as colinas ficavam para trás. Barbara, que ainda n?o estava completamente acostumada a voar, se sentiu um pouco desconfortável no início, mas logo se acostumou à sensa??o. Leon a segurava com cuidado, e isso a tranquilizava.

  Eles voaram por horas, admirando a vastid?o do mundo abaixo, sem pressa. O que era uma jornada de poder e treinamento agora se transformava em um momento íntimo entre os dois. Eles eram mais do que apenas companheiros de batalha — eram parceiros em todas as maneiras que importavam.

  Enquanto o sol se punha, tingindo o céu com cores quentes e douradas, Leon fez uma pausa, pairando no ar. Ele sentiu uma paz que nunca soubera que existia dentro dele.

  — Eu... — Ele come?ou, com a voz suave, mas cheia de emo??o. — Eu nunca pensei que chegaríamos até aqui. Que eu chegaria até aqui.

  Barbara olhou para ele com um sorriso afetuoso, tocando levemente seu rosto.

  — Você nunca parou de lutar, Leon. E é por isso que chegou t?o longe.

  Ela colocou os bra?os ao redor dele, como se abra?asse o próprio ar. Leon sentiu o peso das palavras dela ressoando em seu cora??o. Ele havia alcan?ado algo extraordinário, mas nada disso teria sentido sem ela ao seu lado. A jornada deles estava apenas come?ando, e ele sabia que n?o importava o que acontecesse, ele enfrentaria qualquer desafio, com ela ao seu lado.

  Eles pairaram por um momento, em silêncio, olhando as estrelas come?ando a surgir no céu, enquanto o mundo abaixo deles continuava a girar. Mas por agora, tudo parecia perfeito.

  O vento carregava a sensa??o de renova??o, de um novo come?o. A luta contra o Lorde das Trevas se aproximava, mas naquele momento, Leon sabia que ele estava mais forte do que jamais poderia imaginar. Ele estava pronto.

  E, mais importante, ele tinha ao seu lado a pessoa que mais amava.

  Capítulo 2: Ato 4 – O Treinamento Final

  A atmosfera ao redor da base dos Saqueadores estava diferente. Todos estavam mais focados, mais unidos, como se algo grande estivesse prestes a acontecer. A energia no ar era palpável, e Leon sentia isso em cada célula de seu corpo. Os dias de treino intenso haviam chegado ao fim — ele já tinha dominado suas habilidades super-humanas. Agora, ele precisava testar seus limites, para garantir que estava pronto para a luta final.

  Enquanto o sol se punha, tingindo o céu de laranja e vermelho, Leon estava no campo de treinamento, sozinho. Ele sentia uma press?o crescente, mas também um foco cristalino, que parecia ter se instalado nele depois da descoberta de seus poderes. Sua superfor?a estava em pleno controle agora, sua velocidade ultrapassava tudo o que ele já imaginara, e seu voo... bom, o voo era uma sensa??o quase libertadora, que ele ainda n?o conseguia deixar de sentir com entusiasmo.

  Leon, com os músculos tensos, respirava profundamente. Ele olhou para a vastid?o ao seu redor. Era hora de testar seus limites, realmente.

  Ele come?ou correndo, acelerando até alcan?ar a velocidade máxima. O vento cortava seu rosto com for?a, mas ele se manteve firme. Seus olhos se estreitaram com o foco enquanto ele se concentrava em aumentar ainda mais a velocidade, atravessando o campo como um borr?o. A sensa??o era eufórica, mas ele sabia que n?o podia se deixar levar. Precisava ter controle.

  De repente, ele se deteve abruptamente. O solo, abaixo de seus pés, cedeu sob a press?o da frenagem, mas ele n?o caiu, nem vacilou. Ele havia aprendido a parar em um instante, sem perder o controle. Ele se sentiu invencível. Por um momento, a ideia de enfrentar o Lorde das Trevas parecia mais como uma formalidade.

  Mas logo, ele come?ou a praticar outra habilidade: a superfor?a. Ele se aproximou de uma enorme rocha e a ergueu com facilidade, mas agora ele se concentrou em algo mais — atirar a rocha com precis?o. Sem nem precisar de muito esfor?o, ele disparou a pedra a uma grande distancia, acertando um ponto específico de uma parede de barreira que ele havia erguido como alvo.

  — Agora, a última... — Leon murmurou para si mesmo.

  Ele se concentrou mais uma vez, fechou os olhos por um segundo, e ent?o, com uma sensa??o de leveza, come?ou a elevar-se lentamente. Sentiu o poder se acumulando em seu centro, sua for?a gravitacional rompendo os limites da terra abaixo de si. O céu parecia agora mais perto, a liberdade do voo chamando-o.

  Ele come?ou a voar como um pássaro, cruzando o campo e subindo cada vez mais alto, até que o mundo abaixo dele parecia pequeno, minúsculo. Mas n?o parou por aí. Ele fez loopings no ar, realizando manobras cada vez mais rápidas e complicadas, testando sua precis?o, até finalmente conseguir fazer manobras rápidas sem sequer fazer um som ao cortar o ar.

  Ao pousar, ele olhou para seus amigos, que estavam observando em silêncio. Ele podia sentir os olhares de admira??o, mas também sabia que, por mais que ele estivesse mais forte, o verdadeiro teste ainda estava por vir. E isso o motivava ainda mais.

  No acampamento, durante o jantar...

  Os Saqueadores estavam reunidos ao redor de uma fogueira, se preparando para o que parecia ser o último dia de prepara??o antes do confronto final. Todos estavam com os rostos sérios, mas ainda assim, havia algo de reconfortante na presen?a uns dos outros. Leon, com a cabe?a baixa, parecia absorto em seus pensamentos.

  Barbara estava sentada ao seu lado, olhando-o com carinho. Ela sabia que ele estava mais forte, mas também sabia que ele ainda tinha um longo caminho a percorrer. Ele tinha o poder, mas o que mais importava era a confian?a e a clareza emocional que ele possuía para controlar esse poder.

  — Eu sei que está difícil, Leon... mas você tem mais do que o suficiente. N?o é só a for?a física, é o que você carrega dentro de você que realmente vai nos fazer vencer. — Ela falou suavemente, colocando a m?o sobre a dele.

  Leon olhou para ela, seu olhar agora mais sereno, mais controlado. Ele havia se tornado um guerreiro completo, mas ainda era o mesmo Leon que ela conhecera, com seus próprios medos e inseguran?as. Agora, no entanto, ele sentia algo mais forte dentro de si — um senso de propósito.

  — Eu sei, Barbara. N?o é só sobre lutar, é sobre proteger o que é importante... e você é uma parte disso. — Ele respondeu, com um sorriso suave.

  Enquanto os outros falavam e riam, tentando aliviar a tens?o no ar, Leon e Barbara trocaram olhares silenciosos, um momento de cumplicidade entre eles.

  O que viria a seguir era incerto, mas um sentimento de uni?o pairava no ar.

  A batalha contra o Lorde das Trevas se aproximava, mas Leon sabia, em seu íntimo, que ele n?o estava sozinho. E que, juntos, eles seriam capazes de derrotar até mesmo os maiores inimigos. Eles tinham for?a, coragem e o poder da amizade ao seu lado.

  O futuro estava prestes a ser reescrito.

  Capítulo 2: Ato 5 – O Caminho para o Lorde das Trevas

  O campo estava silencioso, os ventos suaves soprando, e o céu claro parecia observar de longe. Era um dia tranquilo, mas a tens?o estava no ar. O momento de partir finalmente havia chegado, e os Saqueadores estavam se preparando para confrontar o Lorde das Trevas de uma vez por todas. Depois de semanas de treinamento intensivo, todos estavam mais fortes, mais confiantes, prontos para finalmente p?r fim a essa amea?a.

  Levantando-se da fogueira onde haviam jantado, os membros dos Saqueadores se agruparam em volta de Leon. Barbara, sempre ao seu lado, o tocou brevemente no ombro, uma sensa??o de apoio mútua.

  — Estamos prontos, Leon. Vamos terminar com isso. — Ela disse, sua voz firme, mas suave.

  Leon a olhou com um sorriso, sentindo sua for?a aumentar com as palavras dela. Ele sabia que n?o estavam apenas lutando por si mesmos, mas também por todos aqueles que haviam caído no caminho e pelos inocentes que ainda restavam.

  Com um gesto, Leon indicou que estavam prontos para partir. Eles seguiram, atravessando as vastas planícies com o som dos passos deles ecoando pela paisagem deserta.

  O caminho para o território do Lorde das Trevas n?o era fácil. A cada passo, o terreno parecia mudar, tornando-se mais áspero, mais inóspito. A natureza ao redor parecia distorcida, as árvores tortas e as sombras mais densas. A cada virada, um novo desafio surgia, e os Saqueadores estavam atentos, prontos para enfrentar qualquer surpresa que pudesse aparecer.

  Porém, enquanto o grupo avan?ava, uma sensa??o desconfortável pairava sobre todos. A viagem estava se tornando mais e mais demorada. A expectativa estava alta, mas nada acontecia. O silêncio parecia pesar sobre eles, como se algo estivesse apenas aguardando o momento certo para acontecer.

  Foi quando chegaram ao local.

  à distancia, algo peculiar se destacava. Um grande objeto estava parado no meio do caminho, como se tivesse sido deixado ali intencionalmente. Uma enorme estrutura metálica, com placas de a?o grossas e várias articula??es visíveis. Estava quase no centro de uma clareira, seu brilho refletindo a luz suave do sol.

  — O que é aquilo? — Theo perguntou, apontando com a cabe?a para o enorme traje.

  Leon franziu a testa, observando atentamente. N?o era uma constru??o comum, nem uma forma??o natural. Era definitivamente artificial, e algo sobre ela o fazia sentir uma sensa??o desconfortável. A estrutura tinha uma aparência robusta, como um exoesqueleto de combate, mas com detalhes e marcas que indicavam que já havia sido usado antes.

  — Acho que… isso é um traje de combate. — Leon respondeu lentamente, seus olhos ainda fixos na figura à frente.

  O traje tinha grandes ombreiras, placas de metal sobre os bra?os e pernas, e uma capacete de design intimidante. Mas o mais estranho era a presen?a de marcas de batalha, com arranh?es profundos e áreas queimadas que sugeriam que o traje já havia passado por algumas batalhas intensas. Ele estava parado ali, no meio do caminho, como se estivesse esperando para ser encontrado.

  Barbara olhou para Leon com preocupa??o.

  — Isso n?o parece normal. O que você acha que aconteceu aqui? — ela perguntou, a tens?o em sua voz.

  Leon deu um passo à frente, seus olhos se estreitando.

  — N?o sei… mas é um sinal de que alguém ou algo está nos esperando. — Ele falou, um tom de cautela na sua voz.

  Enquanto o grupo se aproximava mais, eles come?aram a examinar o traje mais de perto. Era impressionante, sua estrutura parecia quase impenetrável. Mas o que mais os deixava apreensivos eram os detalhes. Havia uma série de símbolos e inscri??es nas partes do traje, uma escrita que parecia familiar, mas que ninguém conseguia entender.

  Isabelle, com seu olhar atento, foi a primeira a tocar na superfície do traje. Ao tocar, uma estranha vibra??o percorreu o metal, como se o traje estivesse reativo de alguma forma.

  — Isso é... n?o sei explicar. — Isabelle disse, tocando novamente a superfície.

  De repente, um som metálico ecoou do interior do traje. Algo estava se movendo. O grupo deu um passo atrás, preparados para o que fosse surgir. Mas, antes que pudessem reagir, uma série de luzes dentro do traje come?aram a piscar.

  De dentro do capacete, uma voz grave e mecanica soou:

  — Eu sou o General Connor... e quem ousa entrar em meu domínio?

  Todos ficaram em silêncio, a tens?o crescente. O que quer que fosse, o General Connor n?o parecia ser um simples obstáculo. Ele parecia saber exatamente quem estava ali e, mais importante, estava preparado para lutar.

  O General ent?o come?ou a se mover. Suas articula??es se abriram com um som pesado, e a estrutura metálica come?ou a se levantar do ch?o. O exoesqueleto estava ganhando vida, e logo o General Connor estava de pé, em toda a sua grandeza. Ele n?o estava apenas em um traje de combate comum; ele estava em uma máquina de destrui??o, e estava pronto para defender seu território.

  — Eu n?o posso permitir que vocês avancem mais. — A voz do General ecoou novamente, sua presen?a imponente.

  Com uma precis?o mecanica, ele levantou o bra?o e, de dentro de sua cápsula, uma lamina de energia come?ou a se formar. O som de uma lamina elétrica cortando o ar era ensurdecedor, e a tens?o no ar ficou mais pesada.

  Leon olhou para os outros, com uma express?o determinada.

  — Preparem-se. N?o sabemos o que ele é capaz de fazer, mas... n?o podemos deixá-lo nos impedir. — Ele disse, os olhos focados no General.

  Os Saqueadores se agruparam, prontos para a batalha. Sabiam que o desafio estava apenas come?ando, e o Lorde das Trevas ainda estava em algum lugar à frente, esperando por eles. Mas agora, enfrentavam um novo inimigo — o General Connor, e ele estava pronto para lutar.

  A batalha estava prestes a come?ar, mas o destino do grupo estava mais uma vez em jogo.

  A tens?o no ar estava quase palpável. O General Connor, agora em sua vers?o aprimorada e mais perigosa, erguia-se diante do grupo como uma parede metálica imponente. Seus olhos vermelhos brilhavam por trás do visor do capacete, e seu corpo de exoesqueleto emitia um zumbido baixo, como se a máquina estivesse ansiosa para a batalha.

  Leon, com o olhar fixo em seu oponente, sentia sua adrenalina pulsando nas veias. Ele havia enfrentado esse mesmo general antes, mas agora, com o traje mais poderoso, ele sabia que seria uma luta ainda mais difícil. A lamina de energia do General come?ou a brilhar intensamente, sua forma esquelética parecia até mesmo mais intimidadora dessa vez.

  Barbara estava ao seu lado, seus olhos atentos a cada movimento do inimigo.

  — Ele está mais forte, Leon... — ela murmurou, a voz tensa.

  — Eu sei. — Leon respondeu, a determina??o em seus olhos era clara. Ele n?o deixaria que nada, nem o mais forte dos inimigos, impedisse seu caminho. — Mas ele vai aprender que n?o pode me parar.

  De repente, o General Connor avan?ou com uma velocidade surpreendente para um ser de tamanho t?o grande. Sua lamina de energia cortou o ar com um estrondo. Leon, sem hesitar, acelerou sua velocidade, saltando para o lado com a precis?o de um raio. O General passou por ele com um movimento brusco, mas antes que pudesse recuar, Leon já estava em sua traseira.

  Com um movimento veloz, Leon agarrou o General pela parte de trás de sua cabe?a, sua m?o esmagando a estrutura metálica com for?a incomparável. O exoesqueleto do General parecia ceder sob o impacto. Ele tentou reagir, mas Leon n?o deu espa?o para que ele fizesse sequer um movimento. O som da estrutura sendo pressionada e esmagada era ensurdecedor.

  — Isso vai terminar agora. — Leon sussurrou, sua express?o fria como gelo.

  Com um movimento brutal, ele apertou ainda mais, seus dedos atravessando a estrutura de metal e chegando até o núcleo central do capacete. O som de metal se deformando foi seguido de um estalo chocante, e a press?o que Leon exerceu fez a cabe?a do General explodir em uma chuva de fragmentos metálicos e carne esmagada. A cabe?a do exoesqueleto foi completamente destruída, seus miolos espalhados pela área ao redor, como uma explos?o de gore que cobriu o ch?o.

  O resto do corpo do General ainda se manteve por alguns segundos, seus sistemas tentando se recuperar, mas era tarde demais. A figura metálica ficou instável, e finalmente caiu para trás, desmoronando com um estrondo pesado, inerte e sem vida. O silêncio que se seguiu foi absoluto.

  Leon permaneceu de pé, seus olhos fixos no corpo do general caído, seu peito ofegante pela intensidade da luta. Suas m?os estavam cobertas de sangue e fragmentos do inimigo, mas n?o havia express?o de vitória em seu rosto. O que havia sido feito era simplesmente necessário.

  Barbara foi a primeira a se aproximar, sua voz suave enquanto ela tocava seu ombro.

  — Você... você conseguiu, Leon. Ele n?o é mais uma amea?a. — Ela disse, olhando o corpo mutilado do General Connor.

  Leon olhou para ela, sua express?o ainda fria, mas havia algo diferente em seu olhar agora. Ele havia vencido, mas a batalha ainda n?o estava totalmente ganha. O Lorde das Trevas estava lá fora, e a miss?o deles ainda estava incompleta.

  — Sim... mas o Lorde das Trevas está esperando. Vamos continuar, Barbara. — Ele respondeu, a dor e o cansa?o visíveis em seus olhos, mas a determina??o n?o havia desaparecido.

  Os Saqueadores se aproximaram, observando o corpo do General Connor com uma mistura de alívio e respeito. Eles sabiam que a luta tinha sido intensa, mas ainda havia mais por vir. O Lorde das Trevas, o verdadeiro inimigo, estava esperando.

  E assim, enquanto o grupo avan?ava, eles sabiam que a batalha estava longe de terminar. Mas, pela primeira vez, a sensa??o de vitória estava mais próxima. A coragem de Leon, sua for?a, e a uni?o do grupo estavam os levando na dire??o certa.

  E, enquanto eles continuavam em dire??o ao desconhecido, a promessa de um futuro sem os Lordes das Trevas come?ava a brilhar, mesmo que o caminho ainda fosse sombrio.

  Após a queda do General Connor...

  O corpo do General Connor jazia imóvel no ch?o, um amontoado de metal retorcido, fios expostos e sangue escorrendo pelos restos de seu capacete destruído. A poeira ainda se assentava quando os Saqueadores se reuniram ao redor de Leon e Barbara. O grupo, apesar do choque com a brutalidade do golpe final, sabia que aquilo era necessário. Era a guerra.

  Davi se aproximou primeiro, seus olhos arregalados com o cenário.

  — Caramba... você literalmente explodiu a cabe?a dele, cara. — disse, meio assustado, meio admirado.

  — Eu n?o ia deixar ele chegar perto de vocês de novo. — respondeu Leon, ainda ofegante, limpando a m?o suja de sangue na própria cal?a.

  Luna olhou o corpo do inimigo e respirou fundo.

  — Ele estava diferente. Mais forte... quase como se tivesse sido reprogramado. — murmurou, pensativa.

  — Ou talvez alguém o reconstruiu. — disse Yuki, o olhar desconfiado voltado para o horizonte. — Isso pode significar que o Lorde das Trevas está se preparando para o que vem aí. Estamos mais perto do que nunca de sermos uma amea?a real pra ele.

  Leon apenas assentiu, olhando para o caminho à frente. A floresta em volta parecia em silêncio total, como se o próprio mundo segurasse a respira??o após aquela explos?o de violência.

  Barbara se aproximou devagar e pegou na m?o de Leon. Ele virou o rosto para ela, e, por um breve momento, aquele caos todo pareceu se afastar.

  — Você tá bem? — ela perguntou com um sorriso pequeno, mas sincero.

  — Agora t?. — respondeu ele, olhando fundo nos olhos dela.

  A m?o dela apertou a dele, e ele correspondeu. Um gesto simples, mas cheio de significado.

  O grupo se abrigou próximo a um penhasco com vista para uma imensa cadeia montanhosa. Era um dos poucos locais próximos dali com cobertura e água potável. Com a seguran?a temporária garantida, cada um cuidou de pequenos ferimentos, recarregou armas, verificou equipamentos e preparou comida.

  Leon, no entanto, se afastou um pouco. Sentou-se na beira de uma pedra alta e olhou para o céu, onde as nuvens come?avam a tingir-se de laranja com o p?r do sol. Barbara se aproximou em silêncio, sentando-se ao lado dele.

  — Você foi incrível hoje. — ela disse, mexendo nas próprias m?os.

  — Senti como se... eu tivesse perdido o controle por um segundo. Quando vi o rosto dele... pensei em Isabelle. Pensei no que ele faria com vocês. — Leon abaixou a cabe?a.

  Barbara ficou em silêncio por um momento, ent?o virou-se e apoiou o queixo no ombro dele.

  — Você n?o perdeu o controle. Você protegeu a gente. E se Isabelle estivesse aqui... ela teria feito o mesmo. — sua voz era tranquila, quase um sussurro.

  Leon fechou os olhos, sentindo o peso da lembran?a. Mas quando os abriu, viu a paisagem, ouviu os risos suaves do grupo ao fundo, e sentiu a presen?a de Barbara ao seu lado. Era aquilo que ele precisava proteger.

  — Amanh?... seguimos até o domínio do Lorde das Trevas. Certo? — ele perguntou, com um leve sorriso.

  — Amanh?. — ela confirmou. — Mas hoje... fica aqui comigo só mais um pouco?

  Leon n?o respondeu, apenas deitou com ela ali, lado a lado sobre a pedra, observando o céu. Os dedos entrela?ados, os cora??es batendo em um compasso calmo e sincronizado.

  Ali, por mais efêmero que fosse, havia paz.

  Capítulo 3: Ato 1 — Silêncio Antes da Tempestade

  O dia seguinte amanheceu com um céu limpo e um vento suave que balan?ava as folhas das árvores. Após a tens?o da noite anterior, os Saqueadores haviam decidido estender sua estadia naquele acampamento improvisado. Era necessário recuperar energias, reorganizar a mente… e o cora??o.

  Davi foi o primeiro a se levantar, animado com a ideia que teve durante a madrugada.

  — Beleza, pessoal! Hoje vai rolar o Primeiro Torneio de Jogos dos Saqueadores! — ele anunciou, estendendo uma fita vermelha como se fosse uma faixa olímpica. — Vai ter cabo de guerra, queimada, corrida de obstáculos e... v?lei de duplas. Valendo comida extra e o respeito eterno do grupo!

  — Isso só porque você quer revanche depois de perder no último jogo de v?lei pra Luna e Yuki. — provocou Luna, já amarrando o cabelo.

  — Quest?o de honra! — retrucou Davi com um sorriso desafiador.

  Todos come?aram a rir, e em pouco tempo estavam divididos em times. Leon e Barbara jogaram juntos, e mesmo com Leon sendo forte demais pra qualquer atividade "normal", ele se segurava ao máximo pra manter o jogo justo — o que resultou em cenas hilárias, como ele errando propositalmente pra fazer a Barbara dar o ponto decisivo.

  — Você tá indo mal de propósito? — ela perguntou, com um sorriso suspeito.

  — Talvez. Mas é que você fica linda quando comemora. — ele respondeu, piscando.

  Ela riu, e o abra?ou no meio da quadra. O grupo todo soltou um “ooooohhhh” zoeiro, mas ninguém interrompeu o momento.

  Mais tarde, depois dos jogos, estavam todos reunidos ao redor da fogueira. Davi, como sempre, puxou a conversa:

  — Tá, pergunta de verdade agora... se a gente sobreviver a tudo isso, o que vocês v?o fazer depois?

  Luna respondeu primeiro, com os olhos no céu:

  — Acho que vou querer viver perto do mar. Nunca vi um de verdade.

  — Eu queria abrir um restaurante. — disse Yuki, arrancando risos.

  — Você cozinha mal demais, irm?o. — comentou Davi.

  — Eu melhoro! Juro!

  Todos riram.

  Quando foi a vez de Leon, ele ficou pensativo por um instante. Olhou para Barbara, e disse:

  — Quero viver em paz. Com ela. Onde for... se for possível.

  Barbara corou levemente, mas pegou a m?o dele com carinho.

  — Com você... qualquer lugar é paz.

  O silêncio caiu brevemente, mas era um silêncio leve. Aquele tipo de quietude que só existe quando todos est?o exatamente onde deveriam estar.

  Mais tarde naquela noite, cada um foi para sua barraca ou cobertor, espalhados ao redor do acampamento. Leon e Barbara ficaram por último, sentados próximos da fogueira já quase apagada.

  — Sabe... quando isso tudo acabar, eu quero te levar pra voar todos os dias. — disse Leon.

  — Ent?o trate de n?o morrer. — respondeu ela com um sorriso brincalh?o, puxando-o para um beijo suave.

  E com aquele toque, ele soube que, por mais duro que fosse o caminho, havia algo mais forte do que a guerra que enfrentavam: o que sentiam um pelo outro.

  O céu come?ou a mudar.

  As nuvens antes claras e tranquilas agora se acumulavam em camadas densas, como se o próprio mundo soubesse para onde os Saqueadores estavam indo. A alegria dos últimos dias foi sendo substituída por um silêncio respeitoso e uma tens?o difícil de ignorar.

  Leon estava na frente, com Barbara logo ao seu lado. O grupo avan?ava com cautela por uma cadeia de montanhas escuras, guiados por coordenadas deixadas em antigos arquivos da Resistência. A trilha era estreita e cada passo mais fundo parecia absorver a luz ao redor.

  — A gente tá se aproximando... dá pra sentir. — disse Yuki, os olhos atentos aos arredores. — A energia aqui é densa. O núcleo do Lorde das Trevas... tá muito perto.

  Luna apertava o cabo da sua arma com for?a, enquanto Davi caminhava com menos piadas do que o habitual.

  — Tem algo muito errado com esse lugar. Sério. Até o som... parece que n?o ecoa aqui. — comentou Davi, olhando para trás.

  — é como se o mundo estivesse prendendo a respira??o. — sussurrou Barbara.

  Eles finalmente chegaram a uma cratera gigante, um abismo profundo de rochas negras envoltas por uma névoa escura e quase viva. No centro, uma antiga estrutura de pedra retorcida subia como uma torre quebrada. Aquela era a entrada para o domínio do Lorde das Trevas.

  Leon se aproximou da borda do penhasco, observando o vazio lá embaixo. Seus olhos, agora mais afiados e conectados com o próprio instinto, podiam ver as pequenas distor??es de energia se movimentando no escuro. Algo os observava.

  — Ele sabe que estamos aqui. — disse Leon, sem virar o rosto.

  — Acha que vai tentar parar a gente antes da hora? — perguntou Yuki.

  — N?o. Ele quer que entremos. Quer nos esmagar no próprio trono. Quer nos quebrar lá dentro. — respondeu Leon.

  Barbara colocou a m?o sobre o ombro dele. Seu toque, como sempre, trazia foco. Clareza. Equilíbrio.

  — Ent?o vamos entrar de cabe?a erguida. Juntos. — ela disse.

  Um a um, os Saqueadores desceram pela encosta, guiados pelas luzes brancas que Barbara criava com o controle da matéria. Cada passo era mais difícil que o anterior, como se uma for?a invisível pressionasse seus corpos. O ar ali n?o era apenas denso. Era pesado com medo.

  Yuki parou por um segundo, olhando as marcas nas paredes — símbolos antigos, esculpidos por algo muito mais antigo do que eles imaginavam.

  — Essas runas... s?o de uma época anterior à humanidade. Isso aqui... foi construído como uma pris?o. Mas ele transformou em castelo.

  — Uma pris?o? — perguntou Luna.

  — Pra ele mesmo. Porque o que está lá dentro... n?o deveria estar vivo.

  Leon n?o respondeu. Apenas continuou descendo, os olhos fixos no fundo.

  E ent?o, a estrutura final apareceu diante deles. Port?es negros como obsidiana, decorados com rostos distorcidos e gritos congelados no tempo. Um aviso.

  Eles estavam dentro.

  O interior da fortaleza parecia distorcer o tempo e o espa?o.

  Corredores que pareciam infinitos se dobravam sobre si mesmos, escadas levavam a lugares que n?o faziam sentido, e a sensa??o de estar sendo vigiado era constante. Era como caminhar dentro de um pesadelo vivo, onde o próprio ambiente era hostil.

  Barbara criava esferas de luz para guiar o caminho. As chamas brancas que flutuavam ao redor deles pareciam brilhar menos ali dentro. Como se até a luz tivesse medo.

  — Vamos parar aqui um tempo. — disse Leon, após chegarem a uma grande sala vazia, com colunas quebradas e marcas de batalha espalhadas pelas paredes.

  Yuki assentiu. — A energia está oscilando. Ele já sabe que estamos aqui. Vai querer nos enfraquecer psicologicamente antes do ataque direto.

  — Ent?o vamos fortalecer a mente antes de tudo. — disse Barbara, confiante.

  Todos come?aram a se posicionar. Era hora da prepara??o.

  Treino e Sincroniza??o

  Theo e Davi foram para uma das extremidades da sala, praticando sincronia de ataques combinados. As explos?es de energia criadas por Theo se uniam ao controle de impulso e gravidade de Davi, criando ondas de impacto devastadoras que destruíam pilares com facilidade.

  Luna meditava em silêncio, criando pequenos portais em sequência. Ela tentava uma técnica nova: teletransportar partes do próprio corpo para enganar o inimigo — como mover um bra?o para um ataque surpresa vindo de outro angulo.

  Yuki, por sua vez, estava estudando os padr?es das runas na parede. — Esses símbolos foram criados para conter entidades superiores… mas também podem ser usados para prendê-las de novo. Se conseguirmos atrair o Lorde das Trevas para um ponto específico, talvez possamos selá-lo — nem que seja por alguns minutos. O suficiente para matá-lo.

  Leon e Barbara

  Leon treinava sozinho, movendo-se com velocidade absurda, criando rajadas de vento a cada passo. A superfor?a, combinada à supervelocidade e ao voo, estava se tornando mais natural a cada segundo. Seus movimentos eram t?o rápidos que mal podiam ser vistos. Mas ainda faltava algo.

  Barbara o observava em silêncio, depois se aproximou com um sorriso.

  — Você ainda pensa demais. Deixa seu corpo agir. Seus poderes n?o s?o feitos para serem contidos... s?o parte de você.

  — é difícil... é como se eu tivesse medo de perder o controle. — respondeu Leon, parando por um segundo.

  Ela tocou o peito dele com a palma da m?o, sentindo a energia pulsar.

  — Ent?o me usa como ancora. Eu t? aqui. Você n?o vai perder o controle com alguém te lembrando de quem você é.

  Leon sorriu de leve e puxou Barbara pela m?o, girando com ela no ar — como um pequeno voo, curto, leve... íntimo. Por um instante, esqueceram onde estavam. Só existia o calor de um no outro, flutuando no centro do caos.

  Mas logo o ch?o tremeu.

  A parede da sala à frente come?ou a rachar, como se algo estivesse tentando passar por ela.

  Yuki arregalou os olhos. — Ele sabe que estamos prontos. E n?o quer deixar a gente descansar.

  Leon pousou suavemente com Barbara ao seu lado e encarou o ponto de ruptura.

  — Ent?o é melhor a gente acabar com isso de uma vez.

  O ch?o tremeu de novo.

  Dessa vez, n?o era uma rachadura. Era um colapso.

  As paredes da fortaleza come?aram a escurecer, como se estivessem sendo consumidas de dentro pra fora. A energia ao redor se tornava densa… sufocante. Cada Saqueador sentiu um arrepio na espinha. A sensa??o de estar diante de algo que n?o pertence à realidade.

  De uma fissura na pedra negra, uma voz antiga e poderosa ecoou:

  — Ent?o... vocês vieram até mim. — disse uma voz rouca, grave, vinda de todos os cantos da sala ao mesmo tempo. — Finalmente tiveram coragem de pisar onde jamais deviam.

  As luzes que Barbara criava come?aram a apagar, uma por uma. O calor sumiu. Até o som parecia ser engolido.

  Leon avan?ou um passo, e sua voz cortou o silêncio:

  — N?o é coragem. é necessidade. Você passou tempo demais aterrorizando esse mundo.

  Uma gargalhada respondeu.

  — Você fala como se já n?o estivessem mortos... só n?o perceberam ainda.

  Do meio da escurid?o, duas silhuetas surgiram.

  Olhos rubros.

  Chifres.

  Armadura viva.

  Lorde das Trevas... em carne, sombra e poder absoluto.

  Ele se ergueu, como um deus profano surgindo do fundo da terra. E atrás dele, o trono feito de ossos e almas queimadas lentamente se ergueu também — como um altar para o caos.

  Yuki arregalou os olhos.

  — Ele nos esperava. Preparou o território como um campo de extermínio.

  Leon rangeu os dentes. Os punhos cerrados. A energia em torno de seu corpo come?ou a vibrar como se o próprio ar estivesse em panico.

  Barbara caminhou até ele e segurou sua m?o, apertando com for?a. — Juntos. Até o fim.

  O grupo inteiro se posicionou, olhos firmes. Eles sabiam... n?o haveria volta.

  E ent?o, o trono se desfez em uma explos?o de trevas.

  Lorde das Trevas desceu até o solo com um impacto que rachou o ch?o.

  Um sorriso. Um sussurro.

  — A guerra... come?a agora.

  A tens?o no ambiente estava insuportável. Os músculos de Leon estavam tensos, seus olhos fixos no Lorde das Trevas, que, apesar de seu poder absoluto, parecia vacilar pela primeira vez em eras. Era como se, por um momento, o próprio ar ao redor se tornasse mais denso, mais frio. Até o Lorde parecia sentir uma presen?a de poder além da compreens?o.

  A atmosfera se pesou, e uma única frase ecoou nas profundezas da mente de todos:

  "E pela primeira vez em Eras, o Lorde das Trevas sentiu medo."

  A rea??o do Lorde foi imediata. Seus olhos vermelhos brilharam com fúria, mas havia um resquício de hesita??o. Isso n?o era comum para ele, e a rea??o era visível.

  Leon, com um grito de guerra, tentou avan?ar, seu corpo impulsionado pela for?a recém-descoberta de sua transforma??o. Ele n?o tinha mais limites, n?o mais, e ele sabia que essa era sua chance. Seu corpo se preparou para voar diretamente até o Lorde das Trevas, mas antes que pudesse dar o passo decisivo, uma onda de energia escura se formou na frente dele.

  Milenia, a serva mais fiel do Lorde das Trevas, se ergueu da sombra, seus olhos azuis gélidos e express?o impassível. Ela estendeu suas m?os, e, em um instante, quatro clones dela surgiram ao redor de Leon. Eles n?o eram meros reflexos, mas sim cópias perfeitas com poder igual ao da original.

  Leon foi for?ado a parar de imediato, sua tentativa de voo interrompida, ao ver os clones se aproximando rapidamente.

  — "Você n?o vai chegar até ele." — Milenia disse, sua voz fria como o gelo.

  Os clones, com movimentos rápidos e imprevisíveis, come?aram a atacar. O resto dos Saqueadores se viu for?ado a enfrentar a for?a devastadora dos outros seguidores do Lorde. Eles n?o podiam desviar sua aten??o. Enquanto isso, Leon estava sendo cercado.

  Os golpes estavam come?ando a ser letais. Ele mal conseguia defender, sua energia já se dissipando rapidamente ao ser confrontado por tantas for?as, e logo o ataque das clones come?ou a ser eficaz.

  — "Isso é o fim, Saqueadorzinho." — Milenia disse com um sorriso frio, vendo o enfraquecimento de seu adversário.

  Leon já estava caído, quase derrotado, quando sentiu um golpe fatal vindo de todos os lados. Seus sentidos se turvaram, e a morte parecia iminente. Seus pulm?es come?aram a arder. Mas, ent?o, algo aconteceu. Algo inexplicável. Uma voz ecoou em sua mente, baixa, mas clara.

  — "Levante-se." — A voz sibilava, como se algo profundo dentro dele estivesse sendo despertado.

  Leon sentiu uma onda de poder passando por seu corpo, algo além da compreens?o humana. Foi como se seus próprios limites se estivessem quebrando. Ele respirou profundamente, e de repente, uma press?o indescritível tomou conta dele, expandindo-se de seu corpo para o mundo ao seu redor.

  "sua filha da pu-"

  Seu poder se expandiu em um milh?o de cortes. Cada corte, um impacto perfeito. Cada movimento, uma explos?o de energia.

  Os clones de Milenia foram despeda?ados instantaneamente, sem chance alguma de reagir. A velocidade e a precis?o com que Leon cortou os inimigos foram impossíveis de descrever, mas o que restou deles foi apenas um monte de peda?os irreconhecíveis.

  Milenia olhou para o caos que se formava ao seu redor, mas antes que pudesse reagir, Leon disparou em sua dire??o com velocidade incontrolável. Um movimento, e ele já estava ali, ao seu lado, pegando sua cabe?a com uma for?a brutal e, com um único movimento cortante, arrancou seu pesco?o.

  Milenia caiu, sem vida, no ch?o, seu corpo ainda tremendo com o último fio de energia.

  Mas Leon n?o parou por aí.

  Ele n?o olhou para os outros Saqueadores. Seu foco estava totalmente em um único objetivo: o Lorde das Trevas.

  E o Lorde, aparentemente abalado, tentou usar sua habilidade de teletransporte. Mas algo deu errado. Ele apareceu diretamente na frente de Leon.

  A velocidade de Leon foi tamanha que ele nem teve tempo de reagir. Com uma precis?o quase impossível, Leon agarrou o pesco?o do Lorde das Trevas com uma for?a inquebrável.

  A luta virou um pesadelo para o Lorde. Antes que ele pudesse sequer pensar em escapar, Leon o ergueu do ch?o com uma for?a esmagadora. O Lorde das Trevas estava agora totalmente vulnerável.

  Os Saqueadores e Barbara observavam, surpresos, enquanto Leon arrastava o Lorde pelas paredes, destro?ando tudo ao seu redor. Cada soco, cada rasgo feito nas paredes, parecia enviar uma onda de dor pelo corpo do Lorde das Trevas.

  A face do Lorde se deformou com os golpes. Seu corpo, uma vez perfeito, agora era uma máscara irreconhecível de dor e deformidade. Mas Leon n?o parava. Ele estava consumido por uma raiva cega.

  Quando o Lorde estava em um estado praticamente irreconhecível, Leon n?o hesitou. Ele pegou uma adaga de maldi??o que estava escondida entre seus itens, a lamina brilhando com uma energia macabra.

  A adaga, com a maldi??o de impedir a regenera??o, foi enterrada diretamente no cranio do Lorde das Trevas.

  Leon n?o parou. A adaga foi enterrada, repetidamente, até que o cranio estivesse irreconhecível. Facada após facada, até que o sangue encharcou Leon por completo. O sangue escorria em rios.

  A cada facada, o ódio de Leon parecia aumentar. N?o era só a vingan?a por Isabelle. N?o era só a raiva pela dor que ele havia sofrido. Era algo mais profundo. Era uma necessidade de limpar aquele mal, uma necessidade de garantir que nada voltasse a ser o mesmo.

  Finalmente, depois de centenas de facadas, o corpo do Lorde das Trevas estava completamente dilacerado. Mas Leon ainda estava lá, parado, respirando pesadamente, imerso na raiva, com o olhar fixo no que restara de seu inimigo.

  O resto do grupo, incluindo Barbara, observava em silêncio. Ninguém sabia o que dizer. Eles estavam testemunhando o limite de Leon, onde ele se tornava n?o apenas mais forte, mas algo... além.

  Eles estavam vendo, pela primeira vez, o verdadeiro poder de Leon. E perceberam que, quando ele queria ser forte, ele n?o tinha limites.

  A luta estava finalmente acabada.

  Após o último golpe, quando a adaga amaldi?oada perfura repetidamente o cranio do Lorde das Trevas, o silêncio toma conta do campo de batalha. O som dos golpes de Leon ecoa por todo o ambiente, o sangue escorrendo pelo ch?o como um rio escarlate. Seus olhos est?o fixos, vazios, e sua respira??o, pesada, parece reverberar no silêncio que os rodeia. Os Saqueadores observam, estupefatos, enquanto ele se afasta lentamente da figura desfigurada de seu inimigo, sem express?o alguma. O que aconteceu ali foi algo além de uma simples vitória. Era como se, ao destruir o Lorde das Trevas, Leon tivesse se perdido, deixando escapar uma parte de si mesmo.

  De repente, a terra parece tremer. O ar se torna mais espesso, e uma sensa??o de libera??o toma conta do ambiente. Os corpos dos Saqueadores, até ent?o presos pela maldi??o dos Lordes, come?am a reagir. O vínculo que os mantinha reféns da for?a sinistra dos vil?es se quebra de uma vez. A maldi??o, que foi alimentada pela for?a e presen?a do Lorde das Trevas, finalmente se desfaz.

  Os Saqueadores come?am a sentir uma onda de alívio. Era como se uma pesada corrente tivesse sido retirada de seus corpos. Mas, em meio a essa sensa??o de liberdade, uma nova tens?o surge: a amea?a de Leon.

  A morte do Lorde das Trevas liberou todos de sua influência, mas também trouxe consigo a ressonancia do poder de Leon, mais perigoso do que nunca. A for?a e o ódio dele, agora sem limites, come?am a vazar para o ambiente. Ele está prestes a romper com a humanidade que lhe restava, a ponto de torná-lo uma amea?a até para aqueles que mais ama.

  Barbara, Yuki e os outros Saqueadores come?am a perceber que, embora Leon tenha derrotado o maior obstáculo, ele agora se encontra à beira de se perder completamente. Seus olhos, antes cheios de raiva, agora est?o vazios e perturbados, como se o único desejo que ele tivesse fosse continuar a destruir.

  A maldi??o que envolvia os Saqueadores e que os fazia sentir a dor e a opress?o dos Lordes come?a a se manifestar de outra forma. Enquanto os Saqueadores come?am a se libertar fisicamente da maldi??o, uma voz distorcida ecoa nos ouvidos de Leon, mas n?o é a voz de um inimigo. é a própria maldi??o, agora quebrada, tentando resgatar seu último fragmento de poder dentro dele.

  A voz da maldi??o chama Leon pelo nome, de forma desesperada, como se tentasse convencê-lo a deixar-se consumir por ela, a afundar mais fundo em sua raiva e ódio. Ele sente sua energia crescer, sua for?a se expandir, mas, ao mesmo tempo, ele também come?a a sentir uma dor intensa no peito, como se seu próprio ser estivesse sendo dilacerado.

  Nesse momento, Barbara, que estava observando com cautela e preocupa??o, se aproxima de Leon. Ela sente a tens?o em seu corpo e percebe que ele está prestes a se perder mais uma vez. Com um gesto suave, ela coloca a m?o no bra?o de Leon, tentando fazer com que ele volte à realidade. Mas ele n?o responde. Seus olhos permanecem fixos, como se ele n?o estivesse mais ali.

  A voz da maldi??o come?a a se intensificar, sussurrando coisas sobre vingan?a, poder e destrui??o, tentando minar qualquer vestígio de humanidade que Leon ainda tenha.

  Barbara, com uma express?o de preocupa??o misturada com compaix?o, come?a a falar com ele, suas palavras silenciosas, mas carregadas de uma for?a que só ela poderia expressar.

  


      


  •   Barbara: "Leon, você n?o é isso. Você n?o pode ser isso. N?o se deixe consumir por sua raiva. Olhe para mim, por favor."

      


  •   


  Ela fala com um tom que mistura amor e súplica. Ela sabe que ele está à beira de perder tudo o que o torna humano. Ela é o último elo entre o Leon que ele era e o monstro que está come?ando a se tornar. A press?o da maldi??o e da raiva é forte, mas a presen?a dela, sua m?o em seu ombro, come?a a trazer uma leve calma. A maldi??o que tenta consumir Leon come?a a se dissipar, n?o pela for?a, mas pela conex?o genuína entre eles.

  Aos poucos, Leon come?a a recobrar os sentidos. A press?o de sua própria energia, o desejo de vingan?a, come?a a diminuir à medida que as palavras de Barbara entram em seu cora??o. Ele sente sua raiva ser suavizada, como se algo o puxasse de volta para a humanidade. Mas, mais do que isso, ele sente a verdade em suas palavras: ele n?o é apenas um guerreiro ou uma for?a de destrui??o. Ele é alguém que ainda tem muito a viver, muitas pessoas que dependem dele.

  Enquanto isso, os Saqueadores come?am a se reunir em torno de Leon, agora que a maldi??o se foi. Alguns ainda est?o atordoados, enquanto outros observam de longe, receosos. Mas, a presen?a de Leon, que se restabelece lentamente, é o sinal de que, embora tenha ultrapassado seus próprios limites, ele ainda está lá. Ele n?o está perdido.

  Leon, agora mais calmo, sente a presen?a dos seus amigos e aliados ao seu redor.

  A conex?o com eles, especialmente com Barbara, é mais forte do que qualquer poder ou maldi??o. Ele sabe que, no fundo, sua verdadeira for?a n?o vem de seus poderes ou da destrui??o que ele causou, mas do que ele tem de mais precioso: sua humanidade, seus amigos e o amor que os mantém unidos.

  Barbara, aliviada, sorri levemente, mas ainda com um toque de preocupa??o. Ela sabe que, embora a batalha tenha sido vencida, a guerra pela alma de Leon ainda n?o terminou.

  Capítulo 2, Ato 5: O Reencontro com a Paz

  30 dias após a derrota do Lorde das Trevas, os Saqueadores est?o finalmente vivendo em um momento de paz. Depois de tantas batalhas, perdas e desafios, o ritmo da vida parece ter desacelerado, e uma calma inesperada toma conta do grupo. As cicatrizes da batalha ainda s?o visíveis, mas elas n?o s?o mais fonte de sofrimento. Ao invés disso, s?o lembretes da for?a que os une e do quanto cresceram como aliados, amigos e até como família.

  Durante esses 30 dias, Leon se recuperou completamente, n?o apenas fisicamente, mas também emocionalmente. A raiva que o consumia, a necessidade de vingan?a e os fantasmas que o assombravam agora fazem parte de um passado distante. Ele se tornou mais centrado, mais leve. A conex?o com os outros, especialmente com Barbara, se fortaleceu, e ambos passaram a aproveitar cada momento juntos com uma nova perspectiva sobre a vida e sobre a importancia da paz.

  Agora, enquanto o sol se p?e em um céu limpo e calmo, o cenário é de pura tranquilidade. O campo de treinamento e o acampamento dos Saqueadores est?o mais silenciosos do que nunca, mas esse silêncio é de uma paz reconquistada, n?o de uma quietude assustadora.

  Leon e Barbara est?o lá, em um momento único e sublime. Ele, com um sorriso tranquilo, a levanta com facilidade, segurando-a no colo com uma for?a quase sobrenatural, mas com uma suavidade que só ele poderia ter. Eles est?o no topo de uma colina, observando o horizonte que se estende até onde os olhos podem alcan?ar. Ele, com a confian?a de quem passou por tantas batalhas, e ela, com a serenidade de quem sabe que está segura nos bra?os dele.

  Leon olha para Barbara, seus olhos brilhando com um sentimento puro e profundo. Ele sorri, e com um movimento fluido, como se estivesse t?o confortável em sua própria pele, ele come?a a voar, levando-a suavemente para o céu. O vento passa por eles enquanto Barbara segura seu pesco?o, a sensa??o de estar nas alturas, de estar fora do alcance de qualquer perigo, é libertadora.

  A música que paira no ar poderia ser algo como a batida suave de montanhas, ventos e árvores, com a energia leve e contagiante dessa melodia, refletindo o que eles est?o vivendo nesse momento. O voo é tranquilo, calmo, quase como se o mundo ao redor deles tivesse parado para que eles pudessem simplesmente sentir.

  é como se o tempo tivesse desacelerado, permitindo que cada segundo se esticasse, como uma eternidade de felicidade. Barbara sorri, com os cabelos ao vento, e seu sorriso reflete uma felicidade genuína que transborda para Leon. Ele sente a paz de estar ali com ela, e ela sente a liberdade de estar ao lado dele.

  A sensa??o é indescritível, mas é perfeita.

  Enquanto isso, no ch?o, Theo e Luna observam o casal com um sorriso cúmplice. A química entre eles, que cresceu durante as últimas semanas, agora está florescendo. Theo, com o olhar curioso, observa Luna de uma forma nova, e ela, com o brilho nos olhos, parece mais relaxada do que nunca. O carinho que eles sempre compartilharam agora se transformou em algo mais, e, sem que precisem de palavras, eles sabem que o que come?ou como uma amizade se transformou em algo mais profundo.

  Ao longo desses 30 dias, os dois passaram a se aproximar ainda mais. Conversas simples se tornaram trocas de olhares, gestos sutis de carinho. Uma rela??o de cumplicidade foi sendo formada de maneira natural, sem pressa. E hoje, naquele cenário perfeito, enquanto Leon e Barbara voam pelo céu, Theo toma coragem e, finalmente, declara seus sentimentos para Luna.

  


      


  •   Theo: "Luna, eu... sempre soube que havia algo diferente entre a gente. N?o posso imaginar a vida sem você ao meu lado."

      


  •   


  Luna olha para ele, com um sorriso suave, e toma sua m?o.

  


      


  •   Luna: "Eu também sinto o mesmo, Theo. Sempre senti algo especial, só estava esperando o momento certo."

      


  •   


  E assim, os dois come?am a dar os primeiros passos em um novo capítulo de suas vidas, com a mesma sensa??o de tranquilidade que paira no ar.

  Enquanto isso, os outros Saqueadores est?o por perto, jogando, conversando e se divertindo de maneira despreocupada. Davi, Yuki, e os outros est?o jogando beat tênis, enquanto os outros membros do grupo jogam v?lei. A atmosfera é de alegria genuína, como se n?o houvesse mais nada além do momento presente.

  O grupo inteiro parece estar, finalmente, em sintonia. A batalha que os uniu também os fortaleceu, e agora eles sabem que podem ter um futuro, onde poder?o desfrutar daquilo pelo qual lutaram tanto.

  O cenário final mostra Leon e Barbara, voando juntos pelo céu, com Theo e Luna sorrindo enquanto caminham de m?os dadas na colina. A paz finalmente reinou. Todos os desafios passados, todas as feridas curadas, e todos os inimigos derrotados, agora parecem distantes, como ecos de um passado turbulento.

  Mas, talvez, o maior desafio ainda esteja por vir.

  Futuro, sem fim, sem limites, mas com um sentimento profundo de que agora, mais do que nunca, tudo é possível.

  E o que vem depois? Só o tempo dirá.

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