Eu trabalhei em segredo por longo tempo nessa joia. Cuidem bem dela!
- Olhe, lá est?o aqueles símios esquisitos novamente – Zaniel chamou a aten??o do grupo para uma grande árvore à frente, dentro da floresta, onde vultos escuros pareciam se mover.
Castiel observou as estranhas criaturas com cuidado.
- N?o se parecem com os Gorishs – cismou, tendo em mente a ra?a que agora vivia nas entranhas da terra.
- N?o... Esses s?o bem diferentes... S?o bem mais atrasados e animalescos.
- E nem s?o os símios originais da quarta era – contestou Castiel, sem tirar a aten??o do que acontecia ao longe, avaliando seus detalhes. – Eles foram modificados.
- Parece que sim. Acho que eles foram usados como formas, só isso. Dos Gorishs parece que usaram a sugest?o da forma humanoide – Azazel, murmurou, vendo um grupo familiar reunido sobre uma árvore de galhos poderosos que se esticavam pelo espa?o, que se ligava com a outra árvore, e assim por diante, para uma vasta área da floresta.
- E eles n?o est?o sozinhos – Angelina alertou, apontando para uma on?a que subia lentamente por um lado do tronco, os olhos presos na parte da perna de um desses hominídeos, que viram se tratar de uma pequena fêmea.
Em silêncio viram a on?a parar, os músculos rígidos, o copo se retesando para baixo, buscando todo o impulso de que fosse capaz.
Ela aguardava com terrível paciência.
Ent?o, num movimento súbito, a viram usar o tronco onde as garras estavam cravadas para se jogar violentamente para cima.
O rebuli?o e os gritos desesperados se fizeram ouvir quando as presas se fecharam na coxa da pequena fêmea, que olhava aterrorizada à toda a volta enquanto era puxada no ar para baixo, pelo peso combinado seu e da on?a. Quando o baque seco atingiu todo seu corpo e a fez perder a respira??o, lan?ou no ar daquela manh? um grito terrível ao sentir as garras prendendo seu est?mago enquanto o animal se deitava sobre sua perna e come?ava a devorá-la por um dos pés.
Sem qualquer palavra os onze seres que observavam o que acontecia no ch?o atapetado de folhas ficaram seguindo o desenrolar da cena até que a criatura, sob os gritos do restante da família sobre a árvore, rapidamente foi desfalecendo, assim que a artéria femoral foi rasgada.
Ainda em silêncio ficaram aguardando, após terem visto a centelha, num pulso, se separar do cadáver e sumir num brilho suave.
A família de símios tratou de se afastar apressadamente para dentro da floresta quando urros de outras on?as puderam ser ouvidos ao longe.
A quietude caiu novamente sobre a floresta, quebrado apenas por pássaros, algum passante um pouco distante da on?a e dos ossos sendo calmamente mastigados.
Em silêncio os onze aguardaram até a on?a se saciar e se afastar, deixando para trás o resto da pequena crian?a.
- Há futuro nisso? – estranhou Melchior agachando-se ao lado do corpo da hominídea, quase que totalmente devorada.
This novel is published on a different platform. Support the original author by finding the official source.
- Tenha mais fé – Uriel sorriu, os olhos examinando a criatura com muita aten??o. Ent?o, suavemente, p?s sua m?o sobre a cabe?a ensanguentada onde se via o maxilar deslocado e a falta de parte do nariz e de uma das orelhas.
Melchior ficou cismando o que a queda na experiência estava lhes causando. Era fato que agora dependiam em muitas vezes do poder de psicometria que Uriel apresentava para saber de muitas verdades ocultas, o que os deixava muito à mercê do acaso.
Subitamente Melchior se ergueu, a aten??o posta ao longe. Um a um foram se erguendo também, sentindo a distancia. Sem que qualquer um falasse alguma coisa eles volitaram, surgindo um pouco distante de uma base drakoniana, de tal forma que n?o pudessem ser identificados, mesmo sabendo que, desde que n?o interferissem com os invasores, eles também seriam deixados em paz.
- Isto foi autorizado? – Castiel mostrou toda sua estranheza. – Eles est?o tomando aqueles hominídeos e os est?o alterando.
- Eu tenho minhas dúvidas sobre isso – exprimiu Jophiel, a preocupa??o estampada no rosto. – Afinal, parece que eles estavam tentando uma muta??o genética envolvendo as pessoas e esses símios. Isto está meio confuso. Acreito que n?o tenham tido autoriza??o para algo assim ...
- N?o sei se eles est?o autorizados mas, com certeza, a Federa??o está ciente do que eles est?o fazendo aqui – falou Uriel com autoridade. – Havia muita informa??o na carca?a da hominídea. Vejam, observem: eles n?o est?o criando uma nova espécie a partir desta, mas apenas melhorando essa ra?a. Eles só a est?o desenvolvendo. Acho que eles est?o, além do receio de confrontar a proibi??o da Federa??o, tentando entender como essa espécie realmente funciona. Na verdade, meus amigos, eles est?o dando continuidade à uma atividade que estava sendo desenvolvida pelos pleiadianos.
- Os pleiadianos? – Azazel estranhou.
- Eles mesmos. Ao que parece eles estavam querendo desenvolver escravos e guerreiros. Parece que acabaram tentando estender um forte controle mental sobre essas criaturas.
- N?o sinto os pleiadianos por aqui – Uriel estranhou.
- Isso porque eles, por fim, caíram em si, entendendo a loucura e a tortura a que estavam submetendo as consciências que estavam nessas criaturas, e acabaram desistindo dessa empreitada, que os drakonianos resgataram e, ao que tudo indica, est?o retomando - contou.
Anaita subiu vários níveis sua percep??o, se estendendo bem além dos horizontes.
- Encontrei algo estranho – falou, a voz como um sussurro. – é um pulso promissor, vários quil?metros a nordeste, na base de uma imensa cordilheira.
Curiosos eles se deslocaram para lá, onde encontraram algumas cavernas.
O que viram os encheu de cuidados.
Em silêncio se acercaram do lugar.
O lugar onde as energias estavam era uma caverna na base da cordilheira. Sua entrada estava oculta por grandes rochas e altas árvores. Ela era uma caverna n?o muito rasa, com uns 100 metros de profundidade por uns 41 metros de largura em sua parte mais ampla. A altura variava, partindo de uns dois metros na boca até perto de nove metros na parte mais alta.
Com interesse viram que havia um grande grupo ali, contando perto de umas vinte pessoas, e elas n?o eram daqueles hominídeos que haviam encontrado antes, nem mesmo daqueles seres sem vontade que estavam com os drakonianos. Mas eram, definitivamente, seres originados de Gaia, provavelmente de uma mistura de seres anteriormente gerados.
Esses seres mostravam um brilho diferente nos olhos e nas auras. Mas, o que mais chamou a aten??o é que elas mostravam medo. Seus olhos vasculhavam ao redor constantemente, como se temessem que alguma coisa, ou alguém, se lan?asse contra eles.
- Acho que esses s?o fruto do que os drakos est?o desenvolvendo ... – Uriel cismou.
Com cuidado se ocultaram duas dimens?es acima, de onde ficaram estudando as novas criaturas, cismando o que elas estavam fazendo ali. Desconfiavam de que haviam escapado dos campos drakos, mas n?o tinham como ter certeza disso.
No terceiro dia foi que descobriram o que estava, realmente, acontecendo.
Três drakos, de modos furtivos, se aproximaram do grupo da caverna, e foram por ele bem recebidos.
Com cuidado eles os mantiveram sob aten??o.
Ent?o, sorrindo, se afastaram rapidamente, deixando tudo como se n?o tivessem estado por perto.
- Voces viram? – Anaita estava maravilhada, o rosto luminoso, um sorriso alegre boiando no rosto.
- Foi inacreditável... Os drakos estavam ensinando aqueles seres – suspirou Zaniel. – Esses drakos têm compaix?o por eles.
Jasmiel ficou cismando, observando o p?r do sol, o cora??o numa can??o cheia de esperan?a. Como n?o poderia ter, ao ver que, dentro da escurid?o que julgara ser extremamente densa, a luz podia se mostrar assim t?o forte?