VI
Foi no início da era que os dois anjos come?aram a constru??o de Thiahuanaco, na borda de um grande lago no alto de uma cadeia de montanhas portentosas, importando a eles que o lago onde os grandes dem?nios, Trevas e Escurid?o, foram aprisionados, e isso porque acreditavam nos grilh?es impostos dem?nios pelo arquianjo. Ent?o, eles chamaram os homens de uma forma que eles chamaram de cultura, porque eles eram vistos como criaturas. Foi a partir desse dia que os anjos se tornaram seus abnegados protetores, porque viram que os dem?nios e alguns anjos tiveram seus ciúmes e maquinavam sua destrui??o.
Conscientes da curiosidadesaciável os homens, na pra?a da cidade os anjos construíram um grande portal que poderia se ligar a outros mundos, funcionando como portal por onde seres transitar e onde os homens consumo central, um portal sua curiosidade divina. Admirando o que fizeram abrir mais doze portais, que esconderam e ocultaram no interior das terras, nas faces das, porque temiam que os dem?nios deles puderam lan?ar.
As que construíram no interior portas de menor poder apenas mentes poderosas, que podem usar, enquanto que, a cidade, era uma porta de grande poder.
Mas viram que a porta principal precisava de muito mais energia do que supunham, porque esse mundo ainda era muito pequeno em poder. Assim, tomaram as onze caveiras de poder e de vontades independentes que as velhas pessoas haviam esculpido e nas quais o deus trov?o havia se inspirado para criar os homens, juntamente com as outras duas criadas pelo próprio Trov?o, e delas lan?aram m?os, porque elas poderiam fornecer a energia de que o portal precisava.
Só que o deus Trov?o sentiu a falta das caveiras, e viu que os anjos as haviam pegado.
Indo até eles viu os portais. Preocupado os alertou sobre mundos que n?o deviam ser tocados, porque lá colocara os que criara pela sua face sombria, como também os alertou sobre as caveiras, as mutas, porque elas tinham vontade própria e muito senso de independência, especialmente duas delas, as que criara por vontade, uma que chamava de Maestra, porque essa era a central, a que canalizava e concentrava a energia das outras, e que podia dominar e devastar uma vasta regi?o do multiverso criado; e a Volitora, uma caveira de alto poder e independência que às outras podia dominar e suas vontades consumir, fazendo-as trabalhar para satisfa??o de sua própria vontade, com exce??o da própria maestra. Por um momento ficou em silêncio, pensativo. Por fim, vencendo o silêncio disse que o perigo maior seria quando as treze estivessem unidas, porque seu poder seria monumental, tanto que poderia determinar os rumos do mundo ao elevar um vencedor que a tudo dominaria se houvesse alguma guerra em andamento, ou destruir a cria??o ou parte dela, se n?o lhes visse valor, motivo pelo qual as deixara afastadas.
Mas os anjos ignoraram seus alertas.
Ent?o abriram seis nichos retangulares nas costas do portal e dois na frente, para poderem colocar as caveiras. As duas de maior poder, Maestra e Volitora, colocaram nos nichos da frente, enquanto as outras seis instalaram nos nichos que abriram às costas do portal, arrumando as outras cinco em locais determinados ao redor do monumento, fechados como uma estrela.
Eles sorriram, satisfeitos com o presente que haviam feito para os humanos.
Só que eles foram enganados.
Foram algumas delas, sob a influência de Volitora, que, utilizando a energia reunida, sem que os anjos se dessem conta do perigo, libertaram os dois dem?nios de suas pris?es no lago, porque a eles se afei?oaram e deles haviam ficado penalizadas.
Sem que os anjos se apercebessem, em surdina os dem?nios aproveitaram o portal e o ligaram a um dos mundos de que Tup? havia alertado os anjos, e muitos dem?nios se esgueiraram por ele e invadiram essa terra, porque eles queriam tomar posse da essência divina que Tup? dera aos homens, se alimentar dela, se fortalecer com ela, para assim poderados destruir aqueles a quem Tup? amava mais do que a eles.
Surpreendendo os anjos deles conseguiram tomar três caveiras num primeiro momento, Dana??o, DosVivos e Alegoria, porque elas queriam com eles se unir.
The tale has been taken without authorization; if you see it on Amazon, report the incident.
Sob os olhos pesarosos de Tup? uma grande guerra envolveu tudo o que se conhecia. Foi durante essa guerra que uma quarta caveira, Canhestra, traiu um anjo e se aliou a um dos dem?nios.
Ao cabo de um curto tempo os anjos acabaram sitiados em Thiahuanaco e, após um cerco cruel e violento, eles foram batidos e obrigados a abandonar a cidade e as montanhas. Para as terras baixas se encaminharam, levando consigo as nove caveiras restantes, que trataram logo de ocultar.
Essa era foi uma era triste, onde o UM se sentiu amargurado. A maldade que sentira, a escurid?o que vira o entristeceram profundamente. Nessa era viu os drag?es partindo da dimens?o dos homens e pessoas, e viu a onda terrível de destrui??o que os dahrars se mostraram capazes de produzir. Foi por isso, pela dor que fora lan?ada em seu peito, que chamou para o mundo um imenso e global dilúvio, desejando p?r a termos a experiência naquele mundo, zerando a cria??o para que recome?asse. No entanto, ouviu seu cora??o, perguntando-se se n?o era aquela a natureza da experiência proposta quando iniciara a espiral do tempo. Ouvindo a si mesmo ent?o providenciou a salva??o de muitas espécies, e com elas ele fez um pacto que estendeu como um anel sobre os horizontes de Urantia, que os que olharam chamaram de arco-íris.
Assim terminou a sexta era, chamada de “a era da segunda guerra demoníaca”, porque os dem?nios haviam entrado novamente no mundo e promovido a guerra. Essa era teve dura??o de 115 mil revolu??es de Aden em torno de seu pequeno sol.
VII
Mas os dem?nios perceberam algo terrível: eles próprios estavam ilhados, porque haviam sido colocados sob uma lei por Tup?: a de que só poderiam pisar um solo com a permiss?o de quem as terras dominasse. Olhando ao redor viram o vazio, porque haviam destruído e se alimentado de toda a vida ao redor, e viram que estavam presos. Lentamente, na fome que os dominou e que n?o podiam saciar, deles mesmos passaram a se alimentar, até que restaram apenas Trevas e Escurid?o nas terras ao redor do grande lago.
Sós, em silêncio ficaram chamando e aguardando.
Os anos se acumularam em séculos e mais séculos, se acumulando sobre o mundo numa espera paciente.
Foi muito depois, nas poeiras dos tempos esquecidos, que pessoas e homens desavisados, atendendo às lamurias que sentiam no vento, entraram na cidade. Sobre eles os dem?nios caíram, e diminuíram sua fome e estenderam seus domínios além dos limites da cidade. Foi através da energia deles que os dois poderosos dem?nios, Trevas e Escurid?o, conseguiram energia suficiente para atrair e enganar muitos outros, acumulando energia para reabrir o portal o suficiente para trazer um poderoso exército de mantas e sombras.
Os dem?nios, por desejo de mais energia, corromperam todo um império de homens e pessoas que vivam sobre as montanhas e o mobilizou contra as terras baixas, rente aos pés das montanhas, para onde os anjos tinham ido. Esperan?osos e excitados estavam na possibilidade de que localizariam e repatriariam as caveiras de poder e, assim, iriam recompor as treze rainhas originais, porque sabiam do poder descomunal que elas possuíam quando reunidas.
Uma nova e terrível guerra consumiu o mundo de ent?o, t?o vasta e cruel que ceifou muitas e muitas vidas e que, ao seu término, causou o fim dessa era. Essa longa guerra, t?o grande e envolvente que foi chamada de “a guerra dosvivos”, terminou de forma estranha com o recuo dos danatuás, os guerreiros das terras aos pés das montanhas, quando a vitória parecia garantida, o que gerou graves consequências para toda a vida desde ent?o.
Ela foi t?o marcante que, quando terminou, o mundo estava enormemente diferente.
A sétima era, que assim chegava ao fim, foi chamada de “a era da terceira guerra demoníaca”, porque os dem?nios haviam tentado novamente avan?ar sobre o mundo, agora com alcance muito maior do que haviam conseguido na primeira e na segunda guerras. Outros, especialmente os que moravam aos pés das montanhas, apesar de coincidir no tempo para início e fim da era, adotaram outro nome e passaram a chamar essa era de a era da vergonha, porque eles entendiam que ela havia terminado em vergonha, acreditando que haviam sido traídos pelo conselho de guerra dos danatuás ao abandonar a guerra dosvivos quando, praticamente, estavam vitoriosos. Essa era durou 32 mil revolu??es de Aden em torno de seu sol.
VIII
Assim, a oitava era come?ou com expurgos violentos dos que foram vistos como traidores. Foi nessa nova era que foram criadas poderosas ordens secretas, para que os protegessem dos dem?nios e dos anjos, que eram vistos vagando pelas terras baixas ca?ando e dominando as mentes de homens, pessoas e nefelins. Também foi nessa era que foram, tempos após, empreendidas ca?adas violentas a essas mesmas ordens, porque todos passaram a temer o enorme poder que haviam acumulado.
Mas, como tudo o que toca a entes e homens, as coisas foram sendo esquecidas nas gera??es e tempos que se sucediam, fazendo parecer que o mundo havia ficado em paz.
Assim foi até os dois dem?nios que dominaram aqueles vastos olharam outra vez para o rés das montanhas. A era estava chegando ao fim, eles pressentiam, eles viam os sinais, e ficaram mais tempo de que se cumprisse a profecia, que dizia que a nona era a era dos homens. Mas, sabedores que, ao fim de uma era, possibilidades se abrem, desejaram em seus cora??es negros um novo caminho para a nona era: eles desejavam a era dos dem?nios, que diziam seria eterna.
Nas terras baixas, aos pés das montanhas imensas, os sábios e os oráculos suspiraram, porque viam os sinais de que a oitava era estava encontrando.
E sondaram, preocupados, as altas montanhas.