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Porém, o Trov?o permaneceu sem estabilidade, incomodado pela algo faltava, de que algo incompleto em sua cria??o. Convidando cada uma das cria??es, que n?o os anjos e os dem?nios sentiram vivas que elas fizeram parte de sua consciência, o que o fez decidir dar à vida nova de sua consciência. Decidido tomou cada ser, e alguns deu maior e outros menores parcela de consciência, e ficou feliz ao ver que a luz dos olhos das criaturas se enchiam. Alguns fez vagar na terra, outros no mar e outros no ar; e os pequenos e grandes, humildes e orgulhosos. Observando o caminho certo que n?o estava certo que aquele era o porque sua gura diminuíra, mesmo sabendo que n?o sabia finalizada sua cria??o No ato seguinte, agora mais confiante, criou os entes mágicos, que chamou de entes ou pessoas , com faculdades mais limitadas que as anjos e dem?nios para que n?o tivessem que intervir e justi?ar.
Por tempos longos tudo ficou em paz e seu cora??o se apaziguou, apesar de uma dorzinha insistir em continuar a tarde, vinda de uma falta n?o nominada a qual procurava insistentemente ignorar.
Foi num dia em que o aperto no peito estava maior que viu as cabe?as de uma criatura estranha amada num canto de seus lugares, cabe?as de bonecos sem qualquer poder e toscamente animais. As cabe?as n?o tinham enchimento como carnes, sendo apenas linhas de barro resistentes a ossos. Elas tinham linhas mais suaves e esguias que as que criara até ent?o, e eram bem maiores do que as que pusera nas pessoas. Mas o que mais chamou sua aten??o foram os rostos, que eram muito diferentes das pessoas, pois tinham uma quê de inteligência inteligente, de curiosidade infantil e majestade tocante, e de uma humildade e verdadeira que o tocou profundamente. Depressa as tomou e viu o que eram, e as soltou novamente. Os estacionantes criando bonecos de barro, que toscamente animavam.
Procurando os entes viu que era a consciência que dera a eles que fizera aquilo, porque os entes haviam ficado enfastiados, apesar da enorme variedade de ra?as de entes que criara. Ao verem Tup? em sua presen?a as pessoas correram e se esconderam sob o ch?o e sob as pedras e nas profundezas das cavernas mais esquecidas. Mas Tup? achava a todos, e a todos tranquilizava, dizendo que o que haviam feito n?o merecia castigo. Encorajadas as pessoas levantaram os bonecos sobre as cabe?as e pediram que Tup? lhes desse vida. Tup? os avaliou, e falou com sua voz que ribombava nos céus: “A vida que darei a eles pode ser a que ir?o exigir de vocês”. Mas os entes n?o quiseram ouvir e insistiram para que os animasse. Tup?, movido pela curiosidade e pelo amor que havia nascido pelas novas criaturas, acabou atendendo seus pedidos.
As cabe?as de barro que suas criaturas haviam criado cristalizou em pedras de variadas cores e lhes deu poderes e personalidades, tornando-as rainhas de destinos. E mais duas ele fez, de poderes ainda maiores, para que sobre as onze se sobrepusessem. Tup? ent?o tomou os treze bonecos e fez réplicas, porque n?o queria que desaparecessem as cria??es de suas criaturas e nem as suas. Com cuidado colocou as caveiras num canto, e as chamou de mutas e de rainhas, e ficou satisfeito com isso. às réplicas que criara, em número de treze, modificou. Com carinho de um pai o deus Trov?o lhes deu membros longos e esguios e corpos que os tornavam mais altos que a maioria das pessoas, e a alguns fez machos e a outros fêmeas, machos e fêmeas os fez, como fizera com as pessoas, e os chamou de homens. Vendo-as, viu que seu cora??o se alegrava. Satisfeito com as modifica??es tomou f?lego e soprou em suas narinas, sussurrando um de seus nomes. Enchendo seus peitos eles logo come?aram a respirar, e abriram os olhos. Tup? sorriu e chamou as novas criaturas de homens, pensando neles como ponto de equilíbrio para as pessoas, porque elas eram ainda seres muito poderosos e suas guerras muito terríveis.
Olhando o que criara viu que ficara feliz.
Mas, ent?o, eclodiu uma rebeli?o angélica, causada pelo ciúme dos anjos contra os homens, que n?o conseguiu pacificar, apesar de todo o carinho que dispendeu em sua solu??o. Com o cora??o dolorido Tup? puniu com a queda a parte da coorte angélica que se rebelara contra a sua vontade, originando a primeira queda.
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Assim terminava a quarta era, que foi chamada de “a era dos entes e dos bonecos de barro”, talvez uma das eras mais pacíficas que o multiverso criado tenha experimentado, apesar da rebeli?o de alguns anjos. Essa era durou 1,33 eon.
V
Tup? ficou satisfeito por um tempo, mas se entristeceu novamente ao ver que os entes tratavam de dominar os humanos, fazendo-os de escravos e objetos de divers?o, o que desaprovou profundamente, visto que se afei?oara àquelas criaturas esguias e portentosas. Tomando os homens para si resolveu, ent?o, dar-lhes a mágica mais poderosa, que guardava t?o ciosamente pelo perigo que representava, pois que podia consumir toda a sua cria??o, apesar da esperan?a que acalentava de que aquelas novas criaturas poderiam dar-lhe o significado que tanto procurava.
Ent?o Tup? os tomou e, um a um, outro nome seu, um de grande poder, escreveu em suas testas, nome que apagava rapidamente para que n?o os destruísse. Foi assim que o homem adquiriu a brilhante inteligência de Tup?, o que o fez suspirar satisfeito ao ver como aquelas criaturas de corpos frágeis eram altivos e soberbos, e como logo se punham a criar e a modificar tudo em que tocavam, tal como ele com os espa?os infinitos.
E t?o satisfeito ficou, pela independência e inova??o que os dominava, que n?o se preocupou quando os entes, os anjos e os dem?nios, passaram a procurar os homens, gerando meio-humanos que foram chamados de nefelins. Muitos nefelins foram gerados, e muitos eram bons e muitos eram abomina??es. Muitos deles foram os maiores vil?es ou os maiores heróis que já caminharam pela terra, como também os maiores sábios, dem?nios e santos que inspiraram as cria??es.
Foi nessa era, também, que a uni?o entre suas cria??es atingiu um novo nível, com o surgimento dos poderosos dahrars, fruto do cruzamento de anjos e dem?nios com as pessoas.
Porém, o Trov?o estava t?o satisfeito que também com eles n?o se importou.
Talvez fosse a própria evolu??o do mundo animado que tenha convulsionado a cria??o. N?o demorou e logo rebentou uma violenta guerra de toda a cria??o contra os dahrars, motivado principalmente pela frieza e ferocidade desses últimos.
O Trov?o observou e aguardou, esperando brotar nos cora??es de suas criaturas um nível de amor que a tudo pudesse equilibrar.
Mas os homens come?aram a evoluir muito rapidamente, impulsionados pela inteligência depositada por Tup? em seus espíritos. Olhando a si mesmos e ao mundo, nas perguntas que se faziam come?aram a adquirir identidade própria. A tudo davam nomes e significados que os ligava fortemente aos mundos que sentiam, até que come?aram a se perguntar quem eram, de onde vinham e até onde poderiam ir.
Foi nessa tomada de consciência de si mesmos que a guerra entre homens e pessoas também eclodiu, da qual se aproveitaram os dahrars. Na for?a da mágica e na inteligência se bateram os entes e os homens, auxiliados ambos por nefelins, por anjos e por dem?nios e dahrars. Essa guerra foi t?o grande que quase causou a destrui??o total dos homens, salvos no último momento pela interven??o firme de poderosos anjos e dem?nios enviados por Tup?, e por algumas poucas e valorosas pessoas que n?o queriam a destrui??o dos homens. Porém, o cora??o de Tup? estava pesaroso com o uso que as pessoas e alguns anjos fizeram dos homens, mostrando o desejo de destruir totalmente sua cria??o, motivados por sentimentos errados.
Aos anjos que participaram da guerra contra os homens, a muitos deles o Trov?o puniu, n?o por terem entrado em guerra, mas por terem tido enorme prazer nela e por terem buscado a destrui??o dos homens. Tup? os lan?ou para a terra, desejando que, vivendo entre os homens que tanto abominavam, conseguissem evoluir, o que marcou a segunda queda.
As pessoas, Tup? castigou com a perda do poder de criar outras criaturas, o que deixou as pessoas ainda mais inconformadas com os humanos, o que fez recrudescer a guerra.
Quando a guerra for fim acabou, restou um sentimento ambíguo de algo n?o resolvido, tanto nas pessoas quanto nos homens e nefelins, pois as pessoas disseram que estavam muito magoadas, porque haviam percebido algo extraordinário e terrível, t?o cheio de poder que poderia representar sua expuls?o dos olhos do mundo: o deus n?o havia dado aos homens apenas sua inteligência ou uma alma como a deles; ele também os havia dotado com parte de seu próprio ser, com almas t?o poderosas que nunca iriam morrer.
Por um bom tempo de apresenta??o como sua presen?a. Tup? compreendeu e os reconfortou, que, se os humanos tinham tal distin??o apenas na for?a da alma, como também as pessoas possuíam a imortalidade da alma dada e que, ainda, em poder, era deles a distin??o de possuir que, para os humanos , vistos eram como magia.
Ent?o, mais tranquilos, sorriram e fizeram as pazes com os homens e os nefelins, e o mundo voltou à normalidade.
Olhando para trás os entes deram o nome de “ a era dos entes e dos homens infantis ” para essa quinta era que findava, que durou 325 mil revolu??es de Aden em torno de seu sol.
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