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AVENON DESCE COMO ADANU - 31.912 e7

  Somos mais, somos muito. Somos legi?o, de todos, de tudo o que existe somos parte e temos parte. Um dia vamos nos lembrar disso.

  - Vai dar tudo certo. Somos terríveis – Avenon riu, sob os olhos sérios de Mulo. Sol balan?ou a cabe?a, ainda abra?ada em Darvana.

  - V?o descer todos, ent?o? – Ariel n?o pode deixar de sorrir.

  - Ora, é família... Vai ser interessante... E o bom é que vocês v?o estar aqui, o que vai nos deixar mais tranquilos. Sabem como é, a gente reza, vocês descem desesperados para servir uma limonada para nós...

  - Vou por sal na sua limonada, Avenon. Eu juro – prometeu Lázarus, segurando o riso.

  - O meu é com pouco sal... – falou Mulo, os modos aparentemente sérios.

  - Tá bom, Mulo. Mas na sua eu ia colocar cal – Haamiah riu.

  - Mas sério, é isso mesmo que vocês querem? – perguntou Ariel, o rosto compenetrado, avaliando cada um deles.

  - Sim, é sim. Isso ia acontecer em algum momento, n?o é mesmo? Ent?o, resolvemos escolher o momento. E o momento é agora – confirmou Sol.

  - Mas nós queremos descer também – Tarvu Saden reclamou, os olhos presos nos pais.

  - Já conversamos com vocês, com todos vocês... Vocês v?o, mas n?o agora. Está bem, está bem? – Mulo olhou sério para os cinco.

  - Mas eu quero participar disso, pai – Torvena reclamou, sob o olhar azedo de Toruen.

  - E v?o... Derfla logo virá buscar vocês. Eles precisam de ajuda contra a Ordem. Está bem assim?

  - Mas ele está demorando demais – Teleruden reclamou, sob o olhar divertido dos outros.

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  - Paciência é uma arte que vocês têm que aprender – Avenon tentou ralhar, mas acabou rindo, batendo com suavidade nas cabe?as deles.

  - Tio – reclamou Toruen recuando.

  - Está bem, está certo. Vamos aguardar o Derfla – concordou Tarvu com a voz mostrando o quanto estava chateado. - Mas se ele demorar muito, nós mesmo vamos atrás dele. Pode ser?

  - Está bem, isso dá para aceitar – riu Sol. – Se conseguirem uma nave...

  - Esqueceu que tem anjos aqui? – Avor Grada sorriu de forma malandra, vendo que Miguel se aproximava.

  - Ent?o está certo. E quanto a vocês, já pensaram como vai ser, quer dizer, como v?o descer? – Ariel quis saber.

  - Pessoas de poder – falou Mulo. – Uma guerra imensa e terrível está para come?ar contra os velhos dem?nios. Vou gostar muito disso, apesar do véu de maya.

  - E já está tudo arrumado para que se encontrem mais rápido, porque se encontrarem acabaria acontecendo – Miguel sorriu pousando ao lado. – Vamos agilizar isso. Avenon vai descer como um curupira, Sol como uma sedenerá, Mulo como um anaquera e Darvana como uma m?e-da-mata. Esse é o plano inicial...

  Todos se entreolharam, confusos pela estranha pausa do anjo.

  - Estou certo em ter estranhado esse seu "plano inicial", Miguel? – questionou Mulo.

  - Ora, sempre é assim, n?o é mesmo? – falou sob os olhares preocupados de todos os que estavam ali. – Essa guerra será terrível, e talvez muitos de vocês n?o consigam passar por ela, ent?o ter?o que voltar, e voltar novamente e novamente... Mas, n?o se preocupem, suas almas chamar?o umas pelas outras, e os amigos e as chamas gêmeas ir?o se conectar novamente.

  - Entendo... – Sol murmurou. – E os poderes? Eles ir?o diminuir a cada nova encarna??o?

  - é natural que isso aconte?a. Mas, no caso de vocês, esse decréscimo será pequeno, a n?o ser nesse primeiro mergulho, quando os poderes de vocês ser?o sensivelmente diminuídos.

  - Isso já sabíamos – disse Haamiah, o olhar sério e pensativo posto no anjo.

  - Está certo – Lázarus apoiou as m?os nos ombros de Avenon e Mulo, um sorriso carinhoso nos lábios. Ent?o tomou Sol e Darvana num abra?o suave e demorado. – Se acaso algo surgir e tenhamos que nos ausentar, n?o ficar?o desassistidos. Há muitos amigos aqui, que se preocupam com vocês.

  – Sabem de uma coisa? Estamos juntos há pouco tempo, no meu caso, mas é o que disse, família – falou Haamiah. - Eu n?o vou dizer que vou sentir falta, porque vamos estar colados nos pés de vocês. Fiquem tranquilos, nós vamos estar por perto, vamos cuidar de vocês. E, como é em uma guerra que v?o entrar, os que morrerem iremos recolher e cuidar. Fiquem tranquilos.

  - Vocês s?o muito chatos. Deviam deixar a gente descer com vocês – reclamaram os filhos, se abra?ando apertado com eles. – Está bem, akindará, akindará – saudaram, se afastando um pouco deles.

  - Akindará, filhos – responderam. – Akindará, meus amigos – se despediram enquanto seus corpos come?avam a ficar mais sutis, logo sumindo no ar frio da tarde que se ia.

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