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Capitulo 154

  O que ninguém esperava era que o martelo fosse leve para ela. T?o leve, que Alice puxou com for?a demais e acabou soltando-o involuntariamente, lan?ando-o para longe.

  O som dos trov?o ecoou quando o martelo voou para longe dali em dire??o aos céus, deixando todos em choque.

  — Aquilo pesava toneladas! — exclamou Mira, incrédula.

  — Bem mais do que isso! — respondeu Kay, rindo com a situa??o.

  Alice olhou para o pai, com os olhos cheios de preocupa??o.

  — Desculpa, pai... eu perdi a arma! — disse ela, triste, a cabe?a abaixada.

  Kay abaixou-se até ficar na altura dela e colocou as m?os em seus ombros.

  — N?o se preocupe, filha. O deus que usava isso fazia a mesma coisa. Agora, ou?a: estenda a m?o e imagine o martelo voltando para você. Concentre-se, foque bem, e ele voltará! — explicou Kay com um sorriso encorajador.

  Alice assentiu, determinada.

  — Tá! — disse ela, fechando os olhos. Ent?o, com a m?o estendida, murmurou para si mesma: — O martelo vai voltar...

  Todos os presentes viraram os olhos para a dire??o em que o martelo havia sido arremessado. Alguns segundos de silêncio tenso se passaram até que um barulho cortou o ar.

  O martelo estava voando de volta, direto para a pequena m?o de Alice, como se tivesse vida própria. Quando ela o segurou, firme, seus olhos brilharam de felicidade.

  — Eu consegui! — disse Alice, radiante, erguendo o martelo em dire??o ao céu.

  — N?o! — gritou Yumi, alarmada.

  Todos olharam para cima. No céu, as nuvens come?aram a se agitar, rodopiando em círculos. Um raio come?ou a se formar, crescendo em intensidade e velocidade, até que desceu com for?a em dire??o ao martelo de Alice.

  Kay reagiu imediatamente. Ele ergueu uma barreira mágica ao redor de todos, protegendo-os do impacto, mas deixando Alice exposta ao relampago. O raio atingiu o martelo com um estrondo ensurdecedor.

  — Filha! — gritou Rem, chegando correndo ao local, o rosto tomado pelo panico.

  Quando a luz do raio se dissipou, Alice virou-se para eles com um sorriso tranquilo.

  — Eu estou bem! — respondeu a garota, segurando o martelo como se fosse parte dela.

  Kay desfez a barreira e todos olharam para Alice com espanto. A garota n?o estava mais com suas roupas normais. Em vez disso, vestia uma armadura radiante, adornada com detalhes dourados e relampagos brilhando em seus contornos. A roupa parecia digna de uma deusa.

  Kay estreitou os olhos e co?ou o queixo, intrigado.

  — Ent?o... aquela roupa vinha junto com o martelo. — pensou ele, divertido. — Achei que fosse coisa do deus...

  Mira cruzou os bra?os, balan?ando a cabe?a com um misto de incredulidade e orgulho.

  Rem se aproximou rapidamente, seu olhar atento fixado no martelo que Kay segurava, a ansiedade estampada no rosto.

  — Isso é outra de suas armas? — exclamou Rem, a voz carregada de incredulidade e curiosidade.

  — N?o é uma amea?a para o portador! — respondeu Kay com confian?a, o tom calmo e autoritário.

  — N?o! — Rem retrucou, os olhos arregalados de surpresa, recusando a ideia de mais um perigo.

  Kay sorriu gentilmente, observando os dois.

  — Deixa o papai guardar, você foi bem! — disse Kay, com um tom encorajador, colocando a m?o sobre a cabe?a de Alice. Ele recebeu o martelo dela com um sorriso orgulhoso e, cuidadosamente, o depositou no ch?o, como se fosse um tesouro.

  — Estou orgulhoso! — disse Kay, a voz cheia de calor e carinho, fazendo cafuné nos dois. "Vocês s?o muito corajosos, meus filhos."

  Rem olhou para ele, impaciente.

  — Quanto tempo vai ficar dessa vez? — exclamou Rem, a preocupa??o evidente.

  Kay suspirou, olhando para o horizonte com um sorriso satisfeito.

  — Está acabando, agora só resta o deus dos ghouls. E ent?o, finalmente, poderei descansar em casa! — disse Kay, o cansa?o come?ando a pesar em sua voz, mas a determina??o ainda brilhando.

  Mira, que estava mais ao fundo, se adiantou, seus olhos brilhando com curiosidade.

  — E os ghouls têm um deus? — exclamou Mira, seu tom misturando fascínio e uma pitada de dúvida.

  O mini-ghoul, com seu olhar astuto, respondeu em um sussurro grave.

  — Nós n?o adoramos deuses como as outras ra?as fazem... Na verdade, é um ghoul que evoluiu tanto que alcan?ou o nível dos deuses primordiais! — disse o mini-ghoul, sua voz impregnada de respeito e temor.

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  Alice franziu a testa, preocupada.

  — E você vai enfrentar um ghoul assim? — exclamou Alice, a express?o misturando apreens?o e admira??o.

  Kay sorriu com confian?a, sua postura inabalável.

  — N?o se preocupa, o papai é t?o forte quanto esse deus! — disse Kay, sua voz firme como um trov?o. Alice e Yuta sorriram empolgados, sentindo uma onda de confian?a se espalhar.

  Kay deu um sorriso travesso, aproximando-se dos dois.

  — Vou guardar o martelo antes que sua m?e brigue com o papai, depois eu volto e conto a história para vocês, mas já vou adiantando que n?o foi o papai que lutou! — sussurrou Kay, com uma express?o misteriosa.

  — Nós já sabíamos! — disseram os dois, sorrindo, como se estivessem compartilhando um segredo.

  Kay sorriu, satisfeito com a rea??o deles, e pegou o martelo com cuidado. Com um movimento ágil, se afastou, indo em dire??o ao armazém de armas. Seus passos ecoavam no silêncio da sala enquanto ele caminhava até o fundo, onde uma porta trancada o aguardava. A seguran?a era extrema: senha, biometria, e cameras observando cada movimento.

  Lavel apareceu do nada, sua presen?a sempre impecável e enigmática.

  — Bem-vindo de volta, Criador! — disse Lavel, sua voz suave, mas perfeitamente articulada, como se fosse uma melodia.

  — Obrigado, eu estou de volta. — Kay respondeu, seus olhos se fixando nela com um leve sorriso.

  Lavel, agora em um corpo mecanico humanoide, estava em perfeita forma. Uma cria??o avan?ada de outro universo, que Kay e seu exército haviam conquistado. Seu corpo, mais impressionante do que qualquer tecnologia que ele já havia visto, parecia ter sido forjado para algo grandioso.

  Lavel inclinou a cabe?a, observando o martelo na m?o de Kay, seu olhar curioso, como se estivesse estudando cada detalhe da arma.

  — Ouvi a conversa de vocês... Uma arma que libera raios para quem a portar? O senhor já trouxe uma assim antes. — disse Lavel, sua voz fria, mas n?o sem um toque de curiosidade.

  Kay levantou o martelo, examinando-o com precis?o e cuidado, como um guerreiro estudando uma lamina antes da batalha.

  — Aquela de antes era uma arma no formato de raio. Esta aqui é um martelo, embora pare?a um pouco mais fraca. Mesmo assim, deu trabalho para meus generais. — disse Kay, o tom de respeito pela arma inconfundível.

  Eles chegaram à entrada do armazém. A porta, refor?ada e protegida por medidas de seguran?a impenetráveis, parecia um port?o para um outro mundo. Kay n?o hesitou. Com um código digital, ele inseriu a senha e colocou a m?o no leitor biométrico. Uma série de mecanismos se acionaram, e a porta se abriu com um som metálico profundo, como o trov?o que precede uma tempestade.

  O armazém interno estava iluminado por uma luz fria e calculada. Cada prateleira estava repleta de armas, cada uma com a aura de poder que só um artefato lendário poderia ter. Relíquias de batalhas antigas e universos distantes, cada uma com um propósito que poderia redefinir o destino de galáxias inteiras.

  Kay entrou com Lavel logo atrás. O ar dentro do armazém parecia denso, como se o peso do poder presente ali fosse quase tangível. O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo som dos passos de Kay.

  Ele observou ao redor, atento. As prateleiras estavam protegidas por vidro temperado indestrutível, material t?o resistente que nem o impacto de for?as divinas seria capaz de quebrá-lo. Atrás do vidro, as armas repousavam, quase esperando para serem escolhidas.

  — Ent?o, onde acha que este martelo se encaixa? — Kay perguntou, sua voz carregada de desafio e curiosidade.

  Lavel sorriu, observando o martelo.

  — Talvez ao lado do raio sólido, senhor. Ele parece bem equilibrado lá. — disse Lavel, sua análise precisa e rápida.

  Kay riu levemente, com um brilho nos olhos. Caminhou para o fundo do armazém e guardou o martelo em um compartimento ao lado do raio sólido. A movimenta??o era suave, mas determinada.

  — O engra?ado é que todos esses deuses só queriam testar suas for?as... Eu dizia que só estava atrás dos ghouls, mas mesmo assim, eles nos atacaram. O resultado? Vários deuses devorados pelos meus generais. — disse Kay, seus olhos se fixando nas armas, uma express?o de intensidade passando por seu rosto. — Eles têm muita energia, ent?o foi bom para saciar nossa fome. Mas ficar longe da Mira pode ser um problema... — ele murmurou, pensativo.

  Lavel, sempre atenta, analisava a situa??o com calma.

  — Eu estive analisando a Mira todos os dias... Cheguei à conclus?o de que n?o é sobre o café, mas sim sobre a quantidade de noxium que vinha no café. A Mira consegue controlar essa quantidade com perfei??o, e isso ajuda vocês a manterem suas fomes sob controle! — disse Lavel, a voz cheia de certeza.

  Kay franziu a testa, sua mente trabalhando rapidamente.

  — Está dizendo que consegue recriar? — exclamou Kay, seus olhos brilhando com a ideia.

  — Sim! Analisei cada medida, dia após dia! — disse Lavel, sua voz cheia de confian?a, como se estivesse anunciando uma grande descoberta.

  — N?o fala isso para a Mira! — exclamou Kay, com um sorriso travesso, antes de continuar, "E, aliás, quem pode tomar café s?o apenas os ghouls que passaram pela transforma??o humana. No meu exército, s?o cerca de duzentos, o restante é tudo ghoul! Já instalamos você nas redes de outros universos, me envie esses dados assim que formos levar os corpos para as outras... Lavel, eu irei repassar esses dados para elas!" — disse Kay, a voz firme e calculada.

  — Certo! — respondeu Lavel, a seriedade em seu tom. "Seria bom se tivéssemos uma forma de nos conectar através dos universos, mas é uma pena que isso seja impossível por causa da ciência."

  Kay refletiu por um momento, sua express?o pensativa.

  — é uma pena! — disse ele, com uma leveza que quase disfar?ava a intensidade de seus pensamentos. "Talvez algum dia descubramos uma forma... Magia pode atravessar os universos, ent?o talvez utilizando-a, a comunica??o entre eles se torne possível!"

  — Continuarei analisando as possibilidades! — afirmou Lavel, a mente dela claramente trabalhando em múltiplos planos.

  — Certo. — Kay fez uma pausa, antes de olhar para Lavel. "Manda uma mensagem para as garotas, avise que eu cheguei. Se elas querem que eu abra os portais, me avise."

  — Pronto! — respondeu Lavel, já movendo-se para cumprir a ordem.

  Kay se preparou para sair. Seu olhar estava mais intenso do que nunca.

  — Eu estou indo lá para cima, você vem? — exclamou Kay, virando-se para Lavel, que o seguiu sem hesitar.

  A cena mudou. O pátio agora estava repleto de portais abertos, uma cortina de energia cósmica que conectava mundos distantes. De dentro deles, as mulheres saíram junto com seus filhos e filhas, algumas das m?es já estavam ali, esperando.

  — Pai! — gritavam as crian?as, correndo em dire??o a Kay, seus olhos brilhando de alegria.

  Aiko, Emilia, e Thais saíram sorrindo, todas as três expressando uma felicidade imensa.

  — Bem-vindo de volta, amor! — disseram Aiko, Emilia, e Thais, as vozes cheias de carinho. Thais era a única a segurar um bebê, embora tivesse outro filho que correu imediatamente para os bra?os de Kay.

  Yumi observou a cena, com uma express?o de divertimento.

  — Eles sempre correm para o pai e deixam as m?es para depois! — comentou Yumi, com um sorriso divertido, mas um pouco de crítica.

  — Você fala isso toda vez! — respondeu Ravena, sem perder o ritmo, sorrindo.

  — Deixa eles! Foi mal, mas eu t? quase evoluindo! — disse Maria, se vangloriando, a confian?a transbordando.

  — N?o é justo! Nós também devoramos vários deuses! — sussurrou Yumi, claramente impaciente.

  Maria sorriu, com um olhar de superioridade.

  — Mas eu sempre fui mais forte que vocês! — afirmou Maria, sua voz carregada de uma arrogancia despretensiosa.

  Yumi fez uma careta, lan?ando um olhar desafiador.

  — E isso foi para dificultar sua evolu??o! — disse Yumi, com uma express?o que indicava claramente a frustra??o.

  O mini-ghoul, observava a cena, interrompeu a discuss?o com uma fala séria.

  — Tanto faz... Essa última luta n?o será nossa nem de vocês. Agora, está nas m?os do nosso monarca! — disse o mini-ghoul, sua voz carregada de autoridade.

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